Menu Mobile

Condenados executores de crime em Uruguaiana

Condenados executores de crime em Uruguaiana

celio
O Tribunal do Júri condenou dois executores de crime cruel, em Uruguaiana. O julgamento da mandante ficou para agosto

Após 36 horas de duração, o Tribunal do Júri da comarca de Uruguaiana condenou Adão Noel Brum e Valdemir Machado de Mello, o "Minhoca", assassinos confessos de Ademir de Bairros Rodrigues. Adão recebeu uma pena de 17 anos de reclusão pelo homicídio e mais um ano e seis meses pela ocultação de cadáver. Já "Minhoca" foi condenado a 18 anos de reclusão e mais dois pela ocultação de cadáver.

O crime ocorreu em 19 de abril de 2005, na localidade de Itapitocai, no interior de Uruguaiana. A vítima foi alvejada, inicialmente, por tiros. Mesmo caído, mas lúcido, Ademir gritava para que não o matassem. Em seguida, Adão desferiu marteladas em sua cabeça. Ainda vivo e consciente, a vítima continuava a suplicar quando Adão pegou uma pá e o golpeou até a morte. Em seguida, os assassinos amarraram os pés da vítima na cincha de um cavalo e arrastaram o corpo até a ponta de um mato, onde o enterraram numa cova rasa.

O crime foi cometido a mando de Giselda Piegas Rolim, engenheira do DNIT, estancieira e empresária do ramo hoteleiro. Ela desconfiava que a vítima furtava ovelhas e vacas de sua estância. Assim, contratou Adão, que trabalhava como seu caseiro, por R$ 5 mil, para "dar um sumiço" em Ademir. "Minhoca" foi contratado, pelo mesmo valor, através de Adão.

Em suas alegações finais, o promotor de Justiça Cristiano Mourão escreveu que o crime "teve motivo torpe, foi executado por meio cruel e de modo que dificultou a defesa do ofendido".

No júri foram passadas quatro horas de vídeo contendo as confissões detalhadas dos executores do crime na Polícia. Em juízo, eles alegaram que falaram sob tortura. Entretanto, em plenário, ficou provado que nada disso ocorreu, uma vez que os depoimentos, na Polícia, foram dados na presença de dois Promotores de Justiça. Mourão destaca que a atuação da Polícia foi "rápida e fundamental" para o desfecho e condenação dos criminosos. O júri de Giselda Piegas Rolim está marcado para 28 de agosto.



USO DE COOKIES

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul utiliza cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação.
Clique aqui para saber mais sobre as nossas políticas de cookies.