Preocupação com arroz proveniente de países vizinhos é trazida ao Ministério Público
O Procurador-Geral de Justiça Roberto Bandeira Pereira esteve reunido nesta quarta-feira (22/03) com o Presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz) Valter José Pötter e com o Deputado Estadual Jerônimo Goergen. Pötter veio trazer ao conhecimento do Ministério Público a preocupação com a entrada de grandes quantidades de grãos de arroz que contém produtos agrotóxicos proibidos no Brasil, provenientes de países que compõem o Mercosul. Esses produtos poderiam acarretar danos a saúde da população consumidora.
O Procurador-Geral de Justiça ressalta que o Ministério Público está atento aos contatos que a Federarroz vem mantendo com os órgão governamentais responsáveis e que se necessário será aberto expediente investigatório. A principal questão a ser debatida, segundo Roberto Bandeira Pereira, é a preservação da saúde dos gaúchos.
Durante a reunião, o presidente da Federarroz explicou a preocupação da entidade com a entrada do arroz de países vizinhos. “Nossos principais temores são os riscos que a população corre ao consumir esse arroz, pois existem mais de 40 defensivos agrícolas utilizados no Mercosul que não são liberados aqui”, salienta Pötter. A Federarroz defende que sejam realizadas análises antes do ingresso do produto no Brasil, através de exames fitossanitários e pesagem nos nove postos de fronteiras gaúchos.
De acordo com o Deputado Estadual Jerônimo Goergen o tema estará sendo debatido na próxima terça-feira (28/03) durante audiência no Palácio do Planalto. O encontro servirá para apresentação do texto da lei 12.427 que restringe a entrada de produtos no Rio Grande do Sul. “Os produtores esperam que o governo entenda a dificuldade do setor primário”. A lei está em vigor desde o início de março e a preocupação do deputado é com o não cumprimento dela. Conforme dados da Federarroz entram no Estado anualmente cerca de 1 milhão de toneladas de grãos, provenientes de países vizinhos.