Ministério Público investiga gesto polêmico em clássico gaúcho
Como medida de prevenção geral, o Ministério Público gaúcho, através do subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Mauro Henrique Renner, requisitou a fita de vídeo do jogo de futebol onde aos 24 minutos do segundo tempo o zagueiro Antônio Carlos, do Juventude, acaba expulso por falta violenta contra o volante Jeovânio, do Grêmio, e, quando deixa o campo, esfrega os dedos sobre a pele dos braços, ato interpretado por muitos como de racismo.
“Em tese, o gesto polêmico do atleta do time caxiense pode caracterizar o crime de incitação ao preconceito de raça – punido com reclusão de um a três anos – ou de injúria qualificada, conhecida como injúria racial, crime de ação penal privada e que tem a mesma pena, sendo esta de iniciativa do ofendido”. Esta é a avaliação de Mauro Renner no episódio ocorrido na partida disputada na tarde deste domingo, em Caxias do Sul.
Renner explicou que as imagens do lance da partida serão encaminhadas à Promotoria Criminal de Caxias do Sul. Juntamente com a súmula do árbitro Leandro Vuaden e provas testemunhais colhidas, entende que o Ministério Público pode fazer a “adequação típica ao caso concreto”, acontecido no estádio Alfredo Jaconi e que ganhou repercussão internacional.