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Justiça dá prazo para município de Encantado reprimir poluição sonora

Justiça dá prazo para município de Encantado reprimir poluição sonora

marco
Liminar foi deferida ao Ministério Público que ingressou com ação civil pública após muitas reclamações

Atendendo pedido do Ministério Público, a Justiça de Encantado concedeu medida liminar (antecipação de tutela), determinando ao Município que, em trinta dias, dê início à fiscalização administrativa - por intermédio de agentes qualificados e equipamentos adequados - para repressão da poluição sonora e perturbação do sossego, principalmente nas proximidades da rua Padre Anchieta. Também determinou que a Prefeitura divulgue, semanalmente, o resultado das fiscalizações realizadas aos veículos de comunicação e ao Ministério Público. Foi fixada, ainda, multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento das obrigações. O Ministério Público estuda a interposição de recurso ao Tribunal de Justiça, especialmente para afastar o prazo concedido para o início da atividade de fiscalização.

O promotor de Justiça Maurício Sanchotene de Aguiar, autor da ação, considera que “a obrigação do Município é contínua e tem fundamento constitucional”. Por isso, a fim de possibilitar uma fiscalização imediata, o Ministério Público pode solicitar que o demandado seja obrigado a manter e divulgar número de telefone para reclamação dos cidadãos em molde de “disque denúncia”. A Promotoria de Justiça de Encantado solicita o auxílio da população para a efetiva fiscalização do cumprimento das obrigações. A ação civil pública foi ajuizada para que o Município cumprisse com sua função constitucional de proteção ao meio ambiente e uso de seu poder de polícia administrativa.

Apesar de tentada a elaboração de termo de compromisso de ajustamento de conduta a fim de solucionar de forma ágil e consensual o problema da sua omissão em adotar medidas em relação à poluição sonora, o Município negou-se a assumir compromisso para fazer a fiscalização e repressão dessa infração ambiental. Em razão dessa omissão em realizar fiscalização e repressão da prática de poluição sonora na cidade, ainda nos meses de novembro e dezembro foram feitas diversas audiências com os representantes do Município. Contudo, mesmo após as audiências públicas para discussão do problema, reclamações continuaram a ocorrer, sendo o Município, em todas as ocasiões, notificado para a tomada de providências. Diversas queixas da comunidade sobre ocorrência de perturbação de sossego nos arredores da rua Padre Anchieta estavam sendo investigadas em inquérito civil.



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