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Ministério Público pede transferência de médico para prisão especial em Porto Alegre

Ministério Público pede transferência de médico para prisão especial em Porto Alegre

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Por ser oficial da reserva, médico não tem direito a prisão especial e não ficar recolhido em órgão do Exército. O pedido é da Promotoria de Bento Gonçalves

O Ministério Público requereu, na tarde desta sexta-feira (20), a transferência do médico Sérgio Luiz de Deus Grass, do 6º Batalhão de Comunicações de Bento Gonçalves para o 4º Regimento de Polícia Montada da capital gaúcha. Em seu pedido, o promotor de Justiça Eduardo Coral Viegas justifica que o médico, que é oficial da reserva, "não tem o direito de ficar recolhido em órgão do Exército", mas sim em prisão especial, já que tem curso superior. A cidade da serra gaúcha não possui prisão especial para quem tem tal privilégio.

Em diligência realizada no Batalhão de Comunicações de Bento Gonçalves, foi apreendido um aparelho de telefone celular com Grass. Conforme Viegas, no momento em que a Oficial Ajudante do Judiciário da comarca fazia a relação de chamadas feitas no celular, “recebeu, num prazo de dez minutos, uma série de ligações”. O Ministério Público suspeita que o médico poderia ter influenciado o depoimento de uma testemunha: a secretária confirmou, em depoimento, que havia telefonado para Grass.

O médico foi preso na noite de quarta-feira (18), quando o Ministério Público e a Polícia Civil cumpria mandado de busca e apreensão em seu consultório. Um inquérito policial investiga a expedição, por parte de Grass, de atestados médicos supostamente falsos. Também foram encontrados em seu poder munições de calibre não permitido no Brasil.



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