Projeto Sinais é apresentado em Frederico Westphalen a representantes da rede de proteção
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Núcleo de Prevenção à Violência Extrema, apresentou nesta quarta-feira, 16 de abril, o Projeto Sinais a representantes da comunidade escolar, conselheiros tutelares, integrantes da rede de proteção dos sete municípios da Comarca de Frederico Westphalen (Frederico Westphalen, Caiçara, Vicente Dutra, Vista Alegre, Palmitinho, Taquaruçu do Sul e Pinheirinho do Vale) e a integrantes do 37° Batalhão de Polícia Militar (BPM).
O encontro foi coordenado pela promotora de Justiça Michele Dumke Kufner, de Frederico Westphalen, e a palestra foi conduzida pelo procurador de Justiça Fábio da Costa Pereira, coordenador do Projeto Sinais, no auditório da Universidade Regional Integrada (URI) de Frederico Westphalen.
Durante o encontro, o procurador destacou que o objetivo do Projeto Sinais é orientar a comunidade escolar e capacitar os órgãos públicos, como Conselhos Tutelares, profissionais da saúde, assistência social e segurança pública, para reconhecer sinais comportamentais em adolescentes e jovens que podem indicar risco de envolvimento com violência extrema.
Além disso, o procurador abordou a definição de ataques violentos extremos, os fatores que costumam motivar esse tipo de violência, e como entender a mente por trás desses atos, a partir de estudos de casos monitorados pelo Ministério Público. Também foram discutidos temas tratados na série Adolescência, como o bullying e o movimento incel – que propaga ódio contra mulheres – que podem exercer influência sobre adolescentes em fase de formação.
O procurador alertou que, em praticamente todos os casos acompanhados pelo Ministério Público, alguns fatores se repetem: os pais não sabem o que os filhos consomem no mundo digital, e os adolescentes são frequentemente vítimas de bullying, o que os torna mais vulneráveis à radicalização.
O debate em Frederico Westphalen reforça a proposta do MPRS de levar o Projeto Sinais a todas as regiões do Estado, promovendo o fortalecimento das redes de proteção e o engajamento coletivo na preservação da vida e no combate à violência extrema entre crianças e adolescentes.
