Homem que matou amante é condenado a 35 anos em Restinga Sêca

Um homem de 49 anos, acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foi condenado pelo Tribunal do Júri em Restinga Sêca a 35 anos pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira, 13 de março.

O crime ocorreu entre maio e junho de 2023, na comunidade de Jacuí, interior de Restinga Sêca. O condenado, que tinha um relacionamento íntimo extraconjugal com a vítima, 65 anos na data do fato, a asfixiou até a morte na cama. Após, enrolou o corpo em um cobertor e enterrou em uma área distante da residência. Além disso, o homem furtou diversos bens da vítima como o automóvel, aparelhos eletrônicos e utensílios domésticos, e subtraiu dinheiro da sua conta bancária. Na época, os objetos oriundos do crime foram localizados pela Polícia Civil na casa que o réu morava com a esposa.

Conforme a promotora de Justiça Sara Weiser Martins, que atuou em plenário, o crime foi praticado por motivo fútil, já que a razão foi a insistência da vítima para que o denunciado terminasse seu casamento e passasse a viver apenas com ela; foi qualificado pela asfixia e meio que impossibilitou sua defesa, já que ele fingiu que iria fazer uma massagem nas costas da mulher e, no momento em que ela estava deitada de bruços, colocou um travesseiro em sua cabeça até a sua morte; e qualificado ainda pelo feminicídio, já que foi praticado por razões relacionadas ao sexo feminino (violência doméstica e menosprezo à condição de mulher). “Todas as qualificadoras foram reconhecidas”, conta Sara.

O Conselho de Sentença condenou o réu a 35 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado, incluído o aumento da pena pelo fato da vítima ter mais de 65 anos.