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MPRS participa de reunião de comitê criado para buscar soluções para problema dos fios soltos nos postes em Porto Alegre

MPRS participa de reunião de comitê criado para buscar soluções para problema dos fios soltos nos postes em Porto Alegre

lbelles

O promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre Felipe Teixeira Neto participou, nesta segunda-feira, 10 de março, da segunda reunião do comitê que deve elaborar e implementar plano de ação para organização do cabeamento e retirada dos fios sem utilização dos postes da cidade. O grupo é coordenado pela CEEE Equatorial, empresa responsável pelos postes e pelo compartilhamento da infraestrutura com empresas de telefonia e internet. A reunião aconteceu na sede da concessionária. Os trabalhos são acompanhados pelo Ministério Público, pois, além de ação judicial em curso, existe o inquérito civil n.º 00833.000.351/2023 em tramitação.

O comitê é resultado das oficinas conduzidas pelo Poder Judiciário no âmbito da ação civil pública (ACP) ajuizada no ano passado pelo Município de Porto Alegre contra a CEEE Equatorial e empresas de telecomunicações. Na reunião desta manhã, foram expostos os principais aspectos a serem enfrentados para a execução do plano de trabalho.

A CEEE Equatorial apresentou cronograma para o primeiro semestre e informou que segue realizando mutirões semanais para organização do cabeamento. A retirada do material será feita em etapa posterior. Segundo a companhia, a falta de identificação dos fios e o descarte do material são gargalos a serem enfrentados.

Para Felipe Teixeira, o grupo precisa apresentar resultados mais efetivos e criar soluções pra este problema. “Se até o final do mês de junho, prazo que consta no cronograma apresentado, não notarmos uma melhora na cidade do ponto de vista da poluição visual e dos riscos aos pedestres e motociclistas, com relação aos fios soltos, vamos ter que tomar medidas mais drásticas, inclusive judiciais”, destacou o promotor.

Ficou definido que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) pedirá a inclusão de novas empresas de telefonia e internet na ação judicial. A concessionária encaminhará lista de empresas que têm contrato de locação de infraestrutura ao Município, que verificará a regularidade dessas empresas em seus cadastros. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSurb) solicitou que seja criado um fluxo para repasse das reclamações sobre fios recebidas pelo 156 para a concessionária. Pediu também o estabelecimento de um canal para atendimento de demandas urgentes.

ACP

Ajuizada pelo Município em março do ano passado, a ação civil pública pede que as empresas sejam condenadas a fazer a imediata inspeção e manutenção dessas redes, apresentar relatórios periódicos de conformidade, plano de manutenção e melhoria contínua, estruturação de equipes de emergência, programa de descarte de fios e implementação de canais eficientes de comunicação com a sociedade. Pede ainda que as empresas sejam condenadas por danos morais coletivos e difusos em valor superior a R$ 11 milhões.

A Lei Municipal nº 11.870/2015 obriga empresas e concessionárias que fornecem energia elétrica, telefonia fixa, banda larga, televisão a cabo ou outro serviço, por meio de rede aérea, a retirar de postes a fiação excedente e sem uso que tenham instalado.



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