Reitor da Unicruz é procurado pela Justiça
O reitor da Unicruz, Evandro Barbosa Kruel, é considerado foragido da Justiça e está sendo procurado em todo o Estado. Após a operação “Toga”, deflagrada às 7h30min desta terça-feira, em Cruz Alta, o Ministério Público esperou a apresentação do principal implicado que não foi encontrado em sua residência. Kruel, que estaria em Porto Alegre, não apareceu na Especializada Criminal para entregar o certificado de registro de uma pistola 380 apreendida em sua casa. O documento foi levado até a Promotoria por um motoboy. O Reitor é acusado de liderar um grupo que cometeu vários delitos, como estelionatos, apropriações indébitas, fraudes contábeis e lavagem de dinheiro. Luciano Dalla Porta, comerciário, também ainda não foi localizado.
A ação da Força-Tarefa do Ministério Público, coordenada pelas Promotorias Especializada Criminal de Porto Alegre e de Cruz Alta, envolveu 50 agentes. Foram presos o pró-reitor administrativo da Unicruz, Amilton Nogueira Makosky e mais três funcionários da universidade: Eduardo Bresolin, chefe de informática e do complexo de comunicação, Jair Barboza, assessor jurídico, e Carlos Rodrigo Godoy Pretto, chefe de pessoal. A operação foi dirigida pelos promotores de Justiça Ricardo Herbstrith, Mauro Rockenbach, Frederico de Medeiros e João Nunes Ferreira, da Especializada Criminal. Sônia Bonilla e Daniel Bruno, de Cruz Alta, também participaram. Foram apreendidos veículos, documentos, arquivos eletrônicos, computadores, notas fiscais, títulos de crédito e outros papéis que servem de prova para a responsabilização penal e ressarcimento dos prejuízos causados à universidade.
Todo o trabalho da operação também foi acompanhado pelo subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Mauro Henrique Renner, que, inclusive, se dirigiu à comunidade após forte manifestação feita no pátio da sede do Ministério Público. Ao mesmo tempo em que gritavam palavras de ordem pedindo o afastamento e a devida punição para Evandro Kruel, acadêmicos e funcionários da Unicruz, assim como outras pessoas do povo, apoiavam a postura e o trabalho desenvolvido pelos Promotores de Justiça. Renner aproveitou para agradecer e dizer que o Ministério Público chegou a esse resultado positivo “pela contribuição e a coragem de cidadãos, que não tiveram medo de denunciar”. A cidade de Cruz Alta, que tinha conhecimento de notícias de irregularidades na Fundação, praticamente parou para acompanhar o desenrolar dos acontecimentos.