MPRS vai recorrer para aumentar as penas de três condenados pelo homicídio de vítima por motivos políticos em Arvorezinha
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) vai recorrer para aumentar as penas de três condenados pelo homicídio qualificado de uma vítima por motivos políticos em Arvorezinha, no Vale do Taquari. O Tribunal do Júri ocorreu entre os dias 11 e 13 de dezembro em Soledade, no Norte gaúcho, porque houve um desaforamento pelo fato de que foram identificadas, durante o processo, coação e ameaças a testemunhas e jurados.
Os três réus, dois mandantes e um executor, receberam penas de 14 anos e seis meses de prisão – dois deles – e de 16 anos e seis meses de reclusão. Os dois réus absolvidos foram denunciados pelo MPRS como executores. O homicídio foi praticado mediante disparo de arma de fogo, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Atuaram em plenário as promotoras de Justiça Ana Maria Dal Moro Maito e Melissa Stein Scharnberg, da Comarca, e o promotor de Justiça Francisco Saldanha Lauenstein, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição.
O crime ocorreu em 27 de maio de 2021, na frente de um bar em Arvorezinha. Na ocasião, três homens chegaram em um carro e dois deles – usando máscaras – desceram, começando a atirar contra Rudinei Santos da Silva, de 41 anos. A vítima estava em frente ao estabelecimento comercial e morreu no local. Conforme a denúncia do MPRS, Rudinei da Silva foi coordenador de campanha de um partido político adversário ao do mandante. Durante o período eleitoral de 2020, houve diversos atritos entre os políticos, culminando, inclusive, no registro de ocorrência policial. Os três condenados pelo homicídio seguem presos.