Camaquã: após denúncia do MPRS, homem é condenado a 14 anos por tentativa de homicídio
Após denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), um homem foi condenado no Tribunal do Júri nesta quarta-feira, 18 de dezembro, a 14 anos de detenção por tentativa de homicídio duplamente qualificado ocorrida em 2005 em Camaquã.
O réu e mais quatro pessoas, um deles adolescente, agrediram o homem na saída de um bar a golpes de facão, socos e chutes por uma desavença anterior, levando a vítima a perder os movimentos de oito dedos das mãos, ficando incapacitado para o trabalho.
“O caso é um dos mais antigos da comarca. O crime ocorreu em 2005, há quase 20 anos, e a vítima sofre até hoje das sequelas da tentativa de homicídio. A vítima relatou que tudo mudou em sua vida. O réu, com extensa ficha de antecedentes criminais e que atualmente está foragido da Justiça, recebeu a resposta justa e merecida da sociedade dos cinco municípios que compõem a nossa comarca”, destaca o promotor de Justiça Fernando Mello Müller, que atuou em plenário.
Dos outros três autores adultos do crime, um foi assassinado durante trâmite do processo e os outros dois não foram a julgamento, pois foram impronunciados pelo juiz.
REGIME DE EXCEÇÃO
O julgamento desta quarta encerra o período de regime de exceção no Tribunal do Júri instituído neste ano em Camaquã. De agosto para cá, o MPRS atuou em 16 plenários de julgamento, 14 deles com a participação do promotor Fernando Müller.
"O Ministério Público sempre estará presente, com coragem e incansável, na defesa da vida e da sociedade. Encerramos o regime de exceção do Tribunal do Júri deste ano e concluímos esse trabalho de forma satisfatória, buscando e obtendo a resposta justa em muitos casos. Pessoas que aguardavam há muitos anos pela justiça a alcançaram finalmente. Na busca pela justiça, o Ministério Público sempre estará ao lado das pessoas e das vítimas da criminalidade", afirma o promotor.