MPRS debate cultura do estupro e assédio às mulheres no espaço público
“A cultura do estupro está tão arraigada no patriarcado que até mesmo crianças são culpadas pelos abusos sexuais sofridos. Não é a roupa, não é o local, não é o horário, não é a profissão, não é o país, não é a idade, não é sobre provocar. Não são monstros. São homens. Homens comuns”, disse a coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (CAOEVCM), Ivana Battaglin, pontuando cada item com uma notícia sobre estupros ocorridos.
A fala, forte como muitas outras durante o evento, aconteceu no Seminário “Cultura do Estupro e seus Impactos no Assédio às Mulheres no Espaço Público”, ocorrido nesta quarta-feira, 30 de outubro, no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), em Porto Alegre.
Com mediação da Promotora de Justiça Rosélia Vasconcellos Brusamarelo, responsável pela Central de Acolhimento às Vítimas do MPRS em Porto Alegre (Espaço-Bem-Me-Quer), o evento contou também com a participação da defensora pública Paula Granetto, dirigente do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública do Estado, e da diretora do CEAF, Ana Maria Moreira Marchesan.
A atividade foi marcada em função da denúncia de assédio e importunação sexual sofridos por mulher durante um treino de corrida no Parque da Redenção, em Porto Alegre, no dia 3 de julho deste ano. O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e o MPRS foi motivado a debater e refletir sobre a segurança das mulheres.
Assista o Seminário abaixo: