Encontro de Juarez Fonseca com Borghetti marca estreia do projeto Música no Memorial
O Memorial do Ministério Público dá continuidade a sua nova atividade cultural com a estreia na próxima terça-feira, 24 de setembro, às 17h30, do projeto “Música no Memorial”. Conduzido pelo jornalista Juarez Fonseca, o projeto começa com o músico gaúcho Renato Borghetti, cujo primeiro disco completa 40 anos de lançamento em 2024.
No projeto, serão sempre conversas ilustradas por música ao vivo com temas diversos. Neste caso, aproveitando o ensejo da Semana Farroupilha, o tema central abrangerá os vários regionalismos brasileiros. O convidado, que estará com sua gaita, vai falar sobre sua carreira, suas viagens, a música em geral e sobre sua visão de mundo.
Renato Borghetti começou a tocar ainda garoto, no 35 CTG, do qual seu pai era dirigente. Apareceu para públicos maiores nos festivais nativistas, chamando a atenção por sua aparência de roqueiro, com longos cabelos, e foi virando um ícone após o lançamento do álbum de estreia, que vendeu mais de 100 mil cópias logo no primeiro ano ¬– com isso, ganhou o primeiro Disco de Ouro da história da música instrumental brasileira, marca até hoje não superada. Pouco depois foi “escalado” para o Free Jazz Festival, no Rio de Janeiro, e não parou mais de se apresentar pelo país inteiro. Logo ganhou o mundo: faz anualmente duas turnês pela Europa.
Em 2010, na cidade de Barra do Ribeiro, ele criou a Fábrica de Gaiteiros, projeto social hoje com 18 unidades espalhadas pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e uma no Uruguai, que já formou centenas de gaiteirinhos, além de fabricar os instrumentos que eles tocam. Já lançou 25 discos.
Juarez Fonseca tem mais de 50 anos de jornalismo, atuando basicamente na área da cultura, com foco na música. Publicou e publica em vários veículos, dos quais durante 36 anos em Zero Hora, de onde se despediu em 2024. É próximo de Borghetti há mais de 40 anos, sendo o criador gráfico da capa do primeiro álbum, Gaita Ponto, e produtor do terceiro, em 1987. Ao longo do tempo foi jurado em dezenas de festivais pelo país. Produziu inúmeros discos, entre eles Paralelo 30, que em 1978 lançou seis novos compositores gaúchos e, em 2001, a coletânea Barbosa Lessa 50 Anos de Música. Publicou a biografia de Gildo de Freitas, O Rei dos Trovadores (1985); Ora Bolas, sobre Mario Quintana (1994); Neugebauer, Uma História (2009); e o primeiro volume do livro de entrevistas Aquarela Brasileira (2021).
MEMORIAL
O Memorial no Ministério Público fica na Praça Marechal Deodoro, 110, Centro Histórico, no antigo prédio rosado, na esquina com a Rua Jerônimo Coelho, que já foi sede do governo do estado, popularmente conhecido como “Forte Apache”. O auditório, no terceiro andar, tem capacidade para 120 pessoas. A entrada é franca.
A próxima atração do projeto “Música no Memorial”, em outubro, será Humberto Gessinger.