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Lajeado: Projeto Repensar busca conscientizar autores de violência contra a mulher

Lajeado: Projeto Repensar busca conscientizar autores de violência contra a mulher

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Lajeado, juntamente com a Justiça e a Delegacia de Polícia de Atendimento à Mulher da cidade, realizou, na última semana, o primeiro atendimento do Projeto Repensar, criado para orientar homens apontados como autores de violência contra a mulher com medidas protetivas de urgência deferidas pelo Poder Judiciário.

“Para além da resposta punitiva, é necessário estimular e promover projetos que desenvolvam a ideia de conscientização, autorresponsabilização e ressocialização dos homens envolvidos em violência doméstica”, destaca a promotora de Justiça Ana Emília Vilanova, uma das idealizadoras do projeto.

A promotora explica que uma hora antes das audiências de medidas protetivas, que acontecem toda quarta-feira no Fórum da cidade, os homens passam por uma pequena palestra realizada por policiais civis da Polícia Comunitária e pelas servidoras da Central de Práticas Restaurativas. Nesse momento, eles passam a entender como funcionam as medidas e o que acontece em caso de descumprimento.

Dentro do Projeto Repensar também estão previstos círculos de diálogo para estimular a autorresponsabilização dos agressores e a reflexão sobre as consequências e traumas gerados pela violência, visando mudança de atitudes, redução dos índices de descumprimento de medidas protetivas de urgência e prevenção da reincidência.

“Se os homens são parte do problema, eles também precisam ser parte da solução”, aponta a coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (CAOEVCM), Ivana Battaglin. Conforme a promotora, é por isso que existem várias campanhas, não só no Brasil, mas pelo mundo afora, no sentido de engajar os homens nessa luta pela igualdade de gênero. “Mas há também iniciativas como essa, no sentido de trazê-los à reflexão sobre a violência praticada em quaisquer das suas formas, que acabam por mudar seus comportamentos. E é por isso que é tão efetiva essa forma de enfrentamento à violência contra a mulher”, afirma Ivana.

Além de Ana Emília, o projeto foi idealizado também pela juíza Ângela Lucian e pela delegada de Polícia Márcia Bernini Colembergue.



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