Após deflagrar operação em Estância Velha, GAECO/MPRS prende mais um investigado por extorquir herdeiros de imóvel
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) realizou nesta quarta-feira, dia 3 de julho, a segunda etapa da Operação Vício de Consentimento. No dia 21 de junho, R$ 380 mil foram apreendidos em Estância Velha e três pessoas foram presas por extorquir herdeiros de um imóvel.
Desta vez, o 3° Núcleo Regional do GAECO – Núcleo Vales – prendeu um quarto envolvido no esquema criminoso e cumpriu mandados de busca na casa e no escritório de um advogado investigado por auxiliar os criminosos. O preso nesta quarta-feira é filho de um homem que negociava imóveis no Vale do Sinos, detido há quase duas semanas.
A promotora de Justiça Maristela Schneider coordenou a ação, que contou com apoio da Brigada Militar, e disse que o investigado seria preso em Estância Velha, mas acabou sendo detido em Charqueadas, quando visitava o pai na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ). Os mandados contra o advogado foram cumpridos na casa dele, em Novo Hamburgo, e no escritório, em Porto Alegre.
“Alem de termos apurado que o filho auxiliava o pai nas extorsões, confirmamos que ele procurou familiares de um dos outros investigados para dar recado sobre o que dizer ao Ministério Público, durante depoimentos nas investigações, o que também ensejou o pedido de prisão preventiva contra ele”, destacou a promotora Maristela Schneider.
INVESTIGAÇÃO
A investigação continua, já que houve, nas duas etapas, apreensão de documentos, celulares, notebooks, além de arma, munição e dinheiro. Os crimes apurados são de extorsão, associação criminosa e falsidade ideológica. Os outros presos, além do homem que negociava imóveis e seu filho, são um funcionário do mesmo homem e ainda um empresário da construção civil.
De acordo com a promotora, a investigação apura o fato de que os suspeitos estavam ameaçando herdeiros de um imóvel em processo de inventário a desistirem do próprio bem. Eles alegavam que o imóvel havia sido vendido pelo proprietário, ainda em vida, e que o mesmo havia sido revendido para integrantes de uma facção.
Leia mais: