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Após atuação do MPRS, coleta de lixo eletrônico na região das Missões aumenta 270%

Após atuação do MPRS, coleta de lixo eletrônico na região das Missões aumenta 270%

lbelles

O projeto para ampliar o volume de lixo eletrônico coletado nos municípios que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí vem apresentando resultados efetivos em três anos de execução. No primeiro ano de desenvolvimento do projeto, o volume de lixo eletrônico recolhido aumentou quase 200% e, em 2023, terceiro ano do projeto, em 270%. Em 2021, foram recolhidas 107,9 toneladas de material na região, 265,1 toneladas em 2022, e, no ano passado, 491 toneladas de lixo eletrônico foram devidamente encaminhados.

“Em Salvador das Missões, no ano de 2021, o lixo eletrônico corretamente destinado representou 13,54% do volume produzido anualmente no município. Já em 2023, o percentual passou para 71,50%; em São Luiz Gonzaga o percentual passou de 2,63% para 41,97% e em Coronel Barros, de menos de 1% para 90%”, exemplifica a promotora regional da Bacia do Rio Ijuí, Paula Regina Mohr.

Conforme a promotora, o trabalho preventivo e de orientação trazem resultados rápidos e que impactam positivamente no meio ambiente, na medida em que os municípios conseguem ampliar a coleta de lixo eletrônico, destinando-o de forma adequada e evitando que este material seja misturado ao lixo não reciclável. “Tal prática, além de ser benéfica ao meio ambiente, ainda reduz os gastos dos municípios com a destinação e transporte do lixo aos aterros, para onde deve ser destinado apenas o lixo orgânico, não reciclável”, conta ela.

PROJETO LIXO ELETRÔNICO

Com a intenção de atuar de forma proativa em relação às temáticas relacionadas ao meio ambiente, no âmbito dos 34 municípios que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí, a Promotoria de Justiça Regional Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí buscou informações sobre a forma como os municípios tratavam o descarte do lixo eletrônico.

Conforme informações da empresa que periodicamente faz o recolhimento do lixo eletrônico na região sem custos para os municípios, o volume de material recolhido nos anos de 2019 a 2021, era muito baixo, em média 7% do que poderia ser recolhido, considerando estudos que indicam uma produção média de 7kg de lixo eletrônico por pessoa, anualmente

“Assim, buscamos estabelecer uma rotina de troca de informações sobre o calendário dos recolhimentos a serem realizados pela empresa, para, de forma antecipada, realizar um trabalho de sensibilização junto aos gestores municipais com o objetivo de propiciar a destinação adequada de um volume maior de resíduos eletrônicos, contribuindo para o aumento nos índices de recolhimento”, explica Paula.

Durante os três anos, apenas três municípios ainda não receberam a visita da Promotoria Regional para falar do projeto. Essas visitas estão projetadas ainda para o primeiro semestre de 2024.



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