Canoas: mulher acusada pelo MPRS vai a júri por homicídio de fotógrafo em 2015
Uma mulher, acusada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), será julgada pelo Tribunal do Júri nesta sexta-feira, 15 de dezembro, em Canoas. Ela foi presa no mês de outubro deste ano em Porto Alegre após a Justiça determinar sua prisão preventiva. A ré foi denunciada pelo homicídio qualificado do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, 22 anos, encontrado morto na praia de Paquetá, no município da Região Metropolitana, em julho de 2015.
Conforme a denúncia do MPRS, a ré foi responsável – inicialmente – por atrair a vítima para a morte. A mulher, apesar de estar se relacionando com o jovem, também tinha um relacionamento extraconjugal com um integrante de facção criminosa. Por isso, o entendimento é de que o delito foi motivado por ciúmes. Os dois combinaram o assassinato e, durante um encontro marcado da mulher com a vítima, o criminoso foi até o local armado e rendeu o fotógrafo. Gargioni foi executado a tiros.
O integrante de facção foi condenado em 2020 a 20 anos de prisão pelo assassinato. Era para ela ser julgada junto, mas, como respondia em liberdade, acabou não comparecendo ao Foro de Canoas. Desta forma, já que a defesa alegou problemas de saúde de sua cliente, o processo teve de ser dividido. A promotora de Justiça que fará a acusação pelo MPRS na sexta-feira é Denise Sassen Girardi de Castro. Ela destacou que as qualificadoras do homicídio pelo qual a denunciada responde são motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
A expectativa é de que o júri em Canoas termine no mesmo dia. Será ouvida apenas uma testemunha em plenário.