São Luiz Gonzaga: bombeiro militar acusado pelo MPRS é condenado a 18 anos de prisão pelo feminicídio da ex-companheira
Um homem foi condenado na segunda-feira, dia 4 de dezembro, a 18 anos de prisão pelo feminicídio da ex-companheira em São Luiz Gonzaga. O crime ocorreu em março de 2016 no município do Noroeste gaúcho. Na época, o homem, que atuava como bombeiro militar e tinha 26 anos, foi até a casa da vítima, 24 anos, e disparou contra ela.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o motivo do crime foi a não aceitação, pelo acusado, do término do relacionamento, o que configura motivo fútil. Também foi apontada a qualificadora do feminicídio, já que o delito foi cometido no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Apesar da condenação, o promotor de Justiça Vinícius Cassol, que atuou no júri, informa que irá recorrer do tempo da pena aplicada e também pelo fato de que a Justiça não acolheu o pedido de prisão do réu. Em plenário, foram ouvidas cinco testemunhas. Já durante os debates, que se estenderam até o final da tarde de segunda-feira, o promotor sustentou a total procedência da denúncia, com as duas qualificadoras.
Depois, os jurados acolheram integralmente os pedidos do MPRS, contudo, o entendimento do promotor foi de que a pena não condiz com o crime cometido, muito menos o fato do bombeiro — que atualmente está na reserva — seguir em liberdade. "A pena ficou muito aquém do esperado para o caso concreto, um crime consumado, praticado por um bombeiro com uma arma com numeração suprimida e com duas qualificadoras, bem como discordo do entendimento do magistrado quanto à prisão, razão pela qual foi apresentado recurso de apelação ainda durante a sessão", ressalta Vinícius Cassol.