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Iniciada segunda audiência de instrução sobre a morte do secretário de Saúde de Bom Progresso

Iniciada segunda audiência de instrução sobre a morte do secretário de Saúde de Bom Progresso

samantha

O Ministério Público do Rio Grande do Sul em Três Passos denunciou quatro pessoas pela morte do então secretário de Saúde de Bom Progresso, Jarbas David Heinle, filho do prefeito Municipal. Nesta terça-feira ocorre a segunda audiência da fase se instrução do processo e, conforme o promotor de Justiça Caio Isola de Aro, a expectativa é que 20 pessoas sejam ouvidas no Fórum da comarca.

Ao iniciar a audiência, familiares e amigos da vítima realizaram manifestações em frente ao Fórum da comarca. O grupo afixou faixas, cartazes e banners que clamam por justiça. O protesto ocorre concomitantemente à audiência de continuidade da instrução, na qual são ouvidas as testemunhas defensivas e realizado interrogatório dos acusados.

A fase de instrução do processo teve a primeira audiência realizada na última quarta-feira, 30 de agosto, onde foram inquiridas oito testemunhas acusatórias. Na ocasião, o Ministério Público requereu a prisão preventiva de dois acusados de serem os mandantes do crime, que estão em liberdade. O pedido ainda está em análise pelo Judiciário. Outros dois réus estão privados de liberdade.

Conforme a denúncia, dois executores praticaram o crime mediante recebimento de valores e promessa de recompensa. Um dos executores ainda recebeu a promessa de emprego na Prefeitura de Bom Progresso em caso de eventual eleição. Já os dois mandantes praticaram o crime por motivo torpe, uma vez que pretendiam, com a morte da vítima, ter o caminho facilitado para concorrerem às próximas eleições municipais. Dentre as qualificadoras são citadas, motivo torpe, promessa de recompensa aos executores e o fato da vítima ter sua defesa dificultada, já que o ataque ocorreu em emboscada.

RELEMBRE O CASO

Após confraternização com os amigos no dia 10 de setembro de 2022, a vítima foi surpreendida, ao chegar em casa, com disparos de arma de fogo, que o atingiram na cabeça, no peito, na clavícula e no braço, quando tentou sair do veículo em que estava.

O crime foi motivado por uma disputa entre dois grupos de política local, sendo um deles comandado pela vítima. Dentre os quatro denunciados, dois são considerados mandantes e dois executores. Apontamentos indicam que os mandantes ofereceram aos executores pagamento de R$ 50 mil, uma carta de recomendação de emprego e uma promessa de futura de emprego na Prefeitura de Bom Progresso, com salário de R$ 3 mil.



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