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Novo depoimento de testemunha resulta em prisão de autores de crime

Novo depoimento de testemunha resulta em prisão de autores de crime

celio
A Promotoria insistiu em tomar novo depoimento, que resultou na prisão dos assassinos. O crime ocorreu no pátio do Fórum de Taquara

A delegacia de Polícia de Taquara, na Grande Porto Alegre, prendeu, nesta quinta-feira, Valdir e Silvano Bortholo. Eles foram denunciados pelo Ministério Público pelo assassinato de Edson Martins de Moura, em 1º de agosto de 2003. O crime chamou a atenção por ter sido cometido no interior do pátio do Fórum da cidade, justamente no dia em que Edson iria ser julgado, pelo Tribunal do Júri, por ter assassinado, há 13 anos, um irmão dos detidos. No momento do crime, a vítima estava sentada em frente ao fórum, ao lado da bandeira do Rio Grande, lendo um jornal.

Uma testemunha que conversava com a vítima reconheceu, na Delegacia, que Silvano participou do crime, o que determinou sua prisão preventiva. No entanto, em juízo, surpreendentemente a testemunha mudou a versão dos fatos, que resultou na soltura do réu. Diante disso e sabedor que a testemunha é pessoa de origem humilde, a Promotoria de Justiça de Taquara solicitou a renovação de suas declarações. Em Ijuí (RS), onde a testemunha reside, o trabalho do promotor de Justiça Valério Cogo foi fundamental para elucidar os fatos. Foram apresentadas para a testemunha as fotos dos dois irmãos assassinos. Além de confirmar os autores da morte, o promotor apurou que a testemunha havia sido ameaçada, o que a levou a prestar falso testemunho anteriormente.

Com base nestas novas informações, a Promotora de Taquara apresentou um aditamento à denúncia para incluir Valdir Bortholo como co-réu. No pedido de prisão preventiva para os réus, a promotora de Justiça de Taquara (RS) Lisiane Messerschmidt Rubin classificou o crime como “verdadeiro acinte e afronta contra a Justiça, já que foi praticado no interior do pátio do Poder Judiciário, ao pé da bandeira do Estado do Rio Grande do Sul”. Também ressaltou que a intimidação de uma testemunha do fato colocou em risco a instrução criminal, uma vez que “ela prestou falso testemunho e burlou a busca da verdade real”. Após o crime, o Ministério Público de Taquara constatou que o Tribunal do Júri da comarca passou a ter dificuldades para compor o conselho de sentença, já que muitos jurados “alegavam perturbação psicológica para decidir diante da sensação de insegurança que os invadia”. As prisões foram efetuadas pelo Delegado de Polícia Luiz Carlos Abreu. Valdir e Silvano Bortholo foram recolhidos ao Presídio Estadual de Taquara.



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