Valorizando a Primeira Infância: encontro no MPRS tratou sobre importância do afeto e do cuidado nos primeiros anos de vida das crianças
Nesta sexta-feira, 25 de agosto, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Centro de Apoio Operacional da Educação, Infância e Juventude e apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), promoveu o encontro Primeiros Passos para o Futuro: Valorizando a Primeira Infância a fim de debater os cuidados necessários durante a infância, principal época de desenvolvimento de habilidades cognitivas, emocionais e sociais.
Em sua fala na abertura, a coordenadora do Centro de Apoio, Cristiane Della Méa Corrales, ressaltou a importância da atenção integral durante a primeira infância, que abrange desde a gestação até os seis anos de idade. “Nós promotores de Justiça trabalhamos muito na questão da proteção, da prevenção das violências a direitos ou ameaças de lesão a direitos de crianças e de adolescentes. Prevenir que aconteça é o nosso papel também. E quanto menos idade a criança tem, maior a nossa responsabilidade. Muitas vezes, quem deveria cuidar não cuida. Aí é o Estado que tem a responsabilidade de tomar as decisões na vida dessa criança. Muitas vezes, é preciso afastar a criança da família, que não é o ideal, mas tem situações de risco que nos impõem essa decisão”, explicou.
A assistente social Sylvia Nabinger, na palestra “A importância de investir na Primeira Infância”, destacou que a atenção, o carinho e o cuidado com o bebê desde a gestação até pelo menos os seis primeiros anos de vida moldam o desenvolvimento das crianças e são essenciais para a formação de adultos seguros.
Na sequência, a promotora de Justiça da Infância e Juventude de Porto Alegre Inglacir Dornelles Clós, na palestra “A relevância das políticas públicas com intervenções na primeira infância”, falou sobre como intervenções na primeira infância têm o potencial de prevenir problemas de saúde física e mental a longo prazo. A promotora ressaltou que “a criança precisa de contato humano para se desenvolver, para aprender a ter empatia, para conhecer outras realidades. É importante fomentar essa vivência nas escolas, na família, no ambiente comunitário. Todos nós nascemos para viver em sociedade e é na convivência que a gente aprende”.