Bagé: apresentada ferramenta para tornar mais efetiva busca ativa escolar na rede de ensino
No dia 24 de março, no auditório da Promotoria de Justiça de Bagé, ocorreu uma reunião com representantes das escolas que integram a rede pública municipal e estadual de Bagé, bem como da Secretaria Municipal da Educação e da 13.ª Coordenadoria Regional de Educação, com o intuito de apresentar o resultado final de um projeto desenvolvido, em 2022, pelos professores da Unipampa em parceria com a 2ª Promotoria de Justiça Especializada de Bagé.
O estudo científico foi desenvolvido pelos professores da Unipampa – Campus Bagé, Anderson Bihain e Amélia Rota Borges de Bastos, sendo intitulado "Cartografia dos excluídos da escola: os efeitos da COVID no município de Bagé", e é parte de um projeto institucional, de âmbito local, realizado pela promotora de Justiça Marlise Martino Oliveira.
Foi realizado um mapeamento, de forma estatística/quantitativa, da evasão escolar, a partir do georreferenciamento dos dados repassados pelas escolas públicas. A finalidade é subsidiar a atuação ministerial e da rede de apoio à escola, que poderão traçar estratégias e realizar ações de busca ativa mais efetivas, levando em conta, por exemplo, as áreas mais atingidas, a faixa etária.
A partir deste estudo, constatou-se a necessidade de criação e uso de sistemas interligados de comunicação sobre informações educacionais das diferentes redes do município (estadual e municipal), incluindo todas as escolas públicas de Bagé.
Em parceria com a universidade, foi desenvolvida uma ferramenta que possibilita a coleta de dados sobre a infrequência e a evasão escolar com o acesso instantâneo e interligado pelos atores da rede educacional, os quais poderão alimentar o sistema, bem como consultar o mapa em tempo real, inclusive com a localização da moradia dos alunos evadidos. “A partir disso, haverá a possibilidade de ações conjuntas mais concentradas e focadas nas zonas do município que apresentem o maior número de alunos evadidos, tornando mais célere e efetiva a atuação das escolas, da Rede de Apoio à Escola, do Conselho Tutelar e do Ministério Público”, explica a promotora.
Apresentado o resultado do projeto, o próximo passo será cobrar dos gestores a implementação desta ferramenta já no presente ano letivo.
