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Santo Ângelo: MPRS lança Projeto Voz e Vez das Mulheres

Santo Ângelo: MPRS lança Projeto Voz e Vez das Mulheres

ceidelwein

O Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio do Grupo Especial de Prevenção e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Gepevid), sob a coordenação estadual da promotora de Justiça Carla Carrion Frós, juntamente com a promotora coordenadora regional do Alto Uruguai, Fernanda Broll Carvalho de Almeida, lançou, nesta segunda-feira, 28 de novembro, o Projeto Voz e Vez das Mulheres. O evento aconteceu na Promotoria de Justiça de Santo Ângelo e foi transmitido pelo YouTube do MPRS.

Desenvolver uma estratégia que mantenha as mulheres vítimas de violência doméstica vinculadas ao Ministério Público ao longo do processo e, durante o período, auxiliar no resgate da autoestima, da independência financeira e de seu fortalecimento emocional é o foco principal do projeto.

O projeto promoverá encontros semanais ou quinzenais com um grupo de 12 mulheres, para que possam compartilhar suas trajetórias. A primeira etapa será destinada à preparação, por meio de rodas de conversa. A segunda, com duração de nove meses (tempo de uma gestação), consistirá em uma jornada vivencial. A terceira e última etapa será de cuidadoria (acompanhamento).

O Voz e Vez foi uma proposta iniciada pelas integrantes do movimento POA Inquieta, Bendito Design e BValle Comunicações, idealizado com o apoio das promotoras de Justiça Ivana Machado Moraes Battaglin e Carla Cabral Lena Souto, que, na época, atuavam nas Promotorias de Justiça Especializadas de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Porto Alegre.

ABERTURA

“Temos que parar de uma vez por todas de criticar as mulheres que não conseguem romper com o ciclo da violência, mas, para isso, nós precisamos cada vez mais oferecer um atendimento humanizado a estas mulheres. A iniciativa tem como propósito oportunizar voz, fortalecimento, protagonismo e autonomia a elas”, disse Carla Frós na abertura do evento.

Carla Souto, idealizadora do projeto ao lado da promotora Ivana Battaglin, destacou que o trabalho do Gepevid elevou o Ministério Público a outro patamar no atendimento à violência doméstica e familiar contra a mulher. “Mudou a forma de pensar a violência doméstica dentro do MP”, afirmou, lembrando do que já vivenciou enquanto promotora de Justiça da violência doméstica. “A gente pode não recordar de todos os nomes. São muitos, mas a gente vai lembrar dos rostos e do olhar. Porque o olhar é único. É um olhar de medo, é um olhar de angústia, de desesperança, de paralisia. E a ideia do projeto não é só lembrar da dor, mas mostrar um caminho de saída”, completou.

O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Júlio César de Melo, agradeceu a dedicação de todos os envolvidas na execução de várias ações envolvendo a matéria, “especialmente a todas as parceiras, colaboradoras, parceiros, colaboradores em mais esse projeto tão importante nessa temática que se insere dentro de uma das prioridades para nossa instituição e para enfrentar esse que é um tão difícil e complexo problema da nossa sociedade”. Júlio Melo ressaltou a criação, em 2021, de promotorias especializadas na área, no ano passado, e do Gepevid. “Nós tínhamos, antes mesmo de assumirmos essa gestão, o compromisso de que daríamos uma maior atenção a esse tema e, assim, criamos o Gepevid, com uma representação em cada região do Estado, para fazer articulação e aproximação com a rede. É tão importante ver nossa instituição se colocando em outro patamar, mas para isso é preciso que se diga que um trabalho extenuante e dedicado foi feito anteriormente”, sublinhou.

Por fim, a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Angela Salton Rotunno, também exaltou o trabalho que vem sendo desenvolvido. “O meu mais sincero reconhecimento e agradecimento por colegas como vocês existirem dentro do nosso MP, criando e fazendo pequenas revoluções. É uma alegria imensa poder ver todas essas iniciativas crescendo, germinando e se fazendo presente agora, não só no mundo das ideias, no mundo ideal, mas no mundo real, da concretude em que as iniciativas possam estar sendo implementadas”, finalizou a subprocuradora.

Após as falas de abertura, a promotora de Justiça Fernanda Broll fez a apresentação detalhada do projeto. De acordo com ela, trata-se de uma união de muitas mentes, mãos e corações, em parceria, com o propósito de dar voz, fortalecimento e protagonismo às mulheres. “A voz, com a finalidade de sensibilizar, favorecer o despertar da mulher para identificar o que é a violência e impulsionar aquela que já se sensibilizou a buscar romper o ciclo da violência. A vez, que acontecerá dentro do MPRS, tem como propósito acolher e oportunizar a transformação. É voltado para a mulher que procurou os sistemas de Justiça e de Segurança”, explicou.

O evento também contou com a participação do coletivo POA Inquieta, Rita Caravele e da promotora de Justiça Paula Mohr.


Clique aqui para assistir à gravação do evento.



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