Saúde: processo de doação e transplante de órgãos é tema de reunião no MPRS
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, Gisele Müller Monteiro, realizou reunião em formato híbrido (presencial e virtual), na tarde desta quinta-feira, 14 de julho, com representantes do Poder Judiciário e de instituições ligadas à área da saúde e vinculadas da Secretaria de Segurança Pública para tratar da regulação, controle, captação e monitoramento do processo de doação e transplantes de órgãos no Estado.
Gisele Monteiro afirma que o Ministério Público tem sido procurado por pessoas que estão na fila de transplante e relatam o aumento no tempo de espera. “Dados também relevam uma queda preocupante no número de transplantes realizados após o período crítico da pandemia”, ressalta a promotora de Justiça. Conforme ela, os dados apontam alguns dos entraves para a doação, entre eles, a falta de falar em casa sobre o assunto e deixar a opção de ser um doador bem definida para a família, o medo de o corpo não restar íntegro após o transplante, a demora na liberação para as cerimônias de despedida e também aspectos religiosos.
A coordenadora do CaoDH destaca que “o MPRS realizou esse primeiro encontro, com os representantes dessas instituições que são fundamentais para que esse processo ocorra da forma mais ágil possível, ouvindo também os relatos do desembargador Carlos Eduardo Richinitti, idealizador da campanha ‘Doar é Legal’.” Richinitti compartilhou a experiência no intuito de realizar um trabalho conjunto, não só em uma retomada de incentivo à doação de órgãos mas, além disso, na facilitação do processo e na otimização do suporte necessário às famílias dos doadores, fundamentais para que o transplante ocorra e que muitas vidas possam ser salvas.
PRESENÇAS
Estiveram presentes os médicos Eduardo Ghisolfi, do Instituto Geral de Perícias (IGP); Carlos Orlando Pasqualotto, do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers); Marcos Roviski, do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers); Eduardo André Kupper Terner, do Departamento Médico-Legal; Rafael Ramon da Rosa, chefe da Central de Transplantes; e a psicóloga Luciana Maccari Lara, presidente da Sociedade de Psicologia.
