Viamão: MPRS pede revogação da decisão que concedeu liberdade provisória de homem que matou ex-companheira com 17 facadas
O Ministério Público do Rio Grande do Sul, através da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Viamão, interpôs recurso em sentido estrito nesta quarta-feira, 1º de junho, contra decisão que concedeu liberdade provisória a um homem denunciado por assassinar a ex-companheira com 17 facadas. Nas razões de recurso, a promotora de Justiça Bárbara Pinto e Silva fundamenta que “o crime de homicídio é grave, tanto que considerado como hediondo, e deve ser tratado como tal. Relativizá-lo a um delito comum, como os outros, é extremamente temerário e alimenta esta sensação de impunidade que a população já está tristemente acostumada”. Em seguida, a promotora reforça que o réu “ceifou a vida de sua ex-companheira, a qual já havia agredido anteriormente, bem como já teria prometido de morte, caso ela mantivesse um relacionamento amoroso com outra pessoa, o que ratifica a tese de que se trata de uma pessoa extremamente perigosa". A decisão pela soltura foi tomada na terça-feira, dia 31 de maio.
O CRIME
Em 23 de outubro de 2019, o réu usou armas brancas para matar a ex-companheira Letícia Ribeiro, que veio efetivamente a falecer no dia 28 de novembro de 2019 no hospital de Viamão. O acusado invadiu a casa da vítima e efetuou inúmeras estocadas de facas nela, inclusive substituindo uma faca por outra. Ele apenas cessou as agressões após a filha da vítima afirmar que chamaria a polícia. O agressor então fugiu, mas foi preso em seguida.