Ministério Público recebe representação que questiona andamento da reforma psiquiátrica
O Subprocurador-Geral de Justiça Para Assuntos Institucionais Mauro Henrique Renner recebeu, na tarde desta terça-feira (18), no Palácio do Ministério Público, em Porto Alegre (RS), uma série de documentos que contestam a reforma psiquiátrica. A entrega foi feita pelo diretor e secretário especial de Direitos Humanos do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Sami El Jundi, em nome do Movimento pela Atenção Integral à Saúde Mental.
De acordo com El Jundi, o Sindicato Médico está preocupado com o "sucateamento e destruição" da estrutura que atende as pessoas portadoras de sofrimento mental. Para ele, os governos, até o presente momento da reforma, "não deram em troca uma alternativa de assistência aos pacientes".
As reivindicações foram encaminhadas ao Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos. Segundo o seu coordenador, Mauro Souza, que também esteve presente ao encontro, o Ministério Público irá analisar, inicialmente, o material. O próximo passo será acionar os gestores públicos para que respondam se várias ações impostas pela reforma psiquiátrica estão sendo implantadas. Segundo Mauro Souza, o Ministério Público já está atento à implementação da chamada "rede básica de atenção" aos portadores de sofrimento mental e a criação de leitos em hospitais gerais para atenção psiquiátrica, ambas previstas na reforma. Entre os principais problemas da reforma psiquiátrica estão a carência de vagas para internação e a pouca oferta de serviços ambulatoriais especializados. (por Jorn. Célio Romais)
