Comitê que discute combate à pirataria faz balanço de operação
Os integrantes do Comitê Interestadual de Combate à Pirataria analisaram, na tarde desta quinta-feira (22), os resultados da operação "Porteira Fechada", realizada, entre os dias 30 de agosto e dois de setembro, em 23 municípios da região Norte do Estado.
Desenvolvida pelo Ministério Público e Polícias Rodoviárias Estadual e Federal, os trabalhos serviram para mapear o tráfico de materiais pirateados e que são contrabandeados via região Norte do Rio Grande do Sul. Além de diversos materiais apreendidos, a ação flagrou carros irregulares. Como exemplo da importância das ações desenvolvidas, o Comitê citou a descoberta do corpo de uma vítima de homicídio sendo transportado em um veículo. No dia dois de setembro, agentes da Polícia Rodoviária Estadual, que trabalhavam em local próximo à ponte sobre o Rio Passo Fundo, na RST-480, em Nonoai (RS), prenderam um agricultor que assassinou a sobrinha e trafegava com o corpo, com a cabeça encoberta por um boné, no banco do passageiro.
A partir da operação, há um consenso da importância de um trabalho reiterado e contínuo no combate aos crimes. No entender do Ministério Público, os contrabandistas estão aperfeiçoando métodos e práticas. Novas rotas foram estabelecidas. Os veículos pequenos substituem os ônibus e novas mercadorias estão na mira dos criminosos. Atualmente, aparecem na lista de mercadorias contrabandeadas remédios e defensivos agrícolas proibidos no Brasil.
Conforme dados da Brigada Militar, no ano passado foram apreendidos, no Norte do Estado, R$ 2,5 milhões em produtos falsificados. O Comitê Interestadual de Combate à Pirataria é composto por integrantes do Ministério Público, Brigada Militar, Polícia Civil, Secretaria da Fazenda, entre outros órgãos. (por Jorn. Célio Romais)