MPRS pede informações para SES sobre reabertura da enfermaria Covid da Santa Casa do Rio Grande
A promotora de Justiça de Rio Grande, Camile Balzano de Mattos, solicitou informações junto à Coordenadoria da Saúde acerca da reabertura da enfermaria da Santa Casa do Rio Grande. O Ministério Público quer saber se foi realizada nova auditoria e inspeção e se a situação está de acordo com as normas de saúde.
A pedido do MPRS, a Secretaria Estadual da Saúde havia realizado, na última sexta-feira, 31 de julho, uma auditoria na ala destinada a pacientes com Covid-19 da Santa Casa do Rio Grande (enfermaria e Pronto Socorro). “O objetivo foi verificar se o atendimento estava sendo executado em conformidade com os padrões regulamentares e identificar falhas, irregularidades e possibilidades de melhorias”, explicou a promotora Camile, que recebeu diversas reclamações da sociedade acerca de problemas no local.
Diante do quadro encontrado, o médico intensivista Edgard Vernetti Ferreira, auditor da 3ª Coordenadoria Regional da SES, que realizou a inspeção, recomendou que não fossem realizadas novas internações de pacientes clínicos na ala da enfermaria Covid do hospital, até que fossem providenciadas as adequações para o devido atendimento. A Secretaria Estadual da Saúde atendeu a recomendação, porém, após informações de que haviam sido realizadas melhorias, o setor foi novamente liberado pela SES.
“O MP não tem ainda comprovação de que houve uma transformação em prazo tão exíguo, já que eram necessárias adequações importantes”, explica a promotora, que aguarda retorno da Secretaria da Saúde.
PROBLEMAS APONTADOS NA AUDITORIA
Dentre as inúmeras irregularidades encontradas estão a falta de EPIs para aos funcionários; o hospital não fornece lençóis, cobertores ou camisolas à maioria dos pacientes e as equipes de trabalho estão em quantidade insuficiente de profissionais médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas.
Quanto ao Pronto Socorro, o espaço destinado ao atendimento dos pacientes com Covid conta com ampla comunicação com as áreas da emergência, sem qualquer isolamento e não há paramentação adequada das equipes.