Primeiro júri por videoconferência do Estado condena réus envolvidos em tiroteio em São Borja
Seis réus foram condenados por organização criminosa e tentativa de homicídio e outros dois réus por organização criminosa no primeiro júri por videoconferência realizado no Rio Grande do Sul. A sessão do Tribunal do Júri ocorreu em São Borja no dia 30 de janeiro deste ano. Dos oito réus, um havia sido transferido recentemente para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Para evitar a postergação do julgamento, o réu Marcos Martins Antunes, acompanhou, por vídeo, todos os três dias de plenário, incluindo seu interrogatório. A medida atendeu à Recomendação n° 55 do Conselho Nacional de Justiça.
A acusação foi realizada pelo promotor de Justiça Fernando Gonzalez Tavares. Segundo denúncia do Ministério Público, os réus foram responsáveis por tentativas de homicídio que aconteceram em 18 de setembro de 2015 durante um tiroteio na Vila Alfredo Arno Andres, em disputa pelo tráfico de drogas em São Borja. “O réu foi interrogado do mesmo modo que seria de forma presencial. A medida possibilitou uma grande economia de recursos financeiros para o Estado, devido ao custo de escolta e de transferência, além da anulação de risco à população de São Borja, tendo em vista que se tratava da maior liderança de uma organização criminosa atuante na Fronteira Oeste”, explicou o promotor.
Foram condenados à prisão por tentativa de homicídio e organização criminosa os réus Marcos Martins Antunes (48 anos de reclusão), Daniel Battanoli de Lima (26 anos de prisão), David Galvão (32 anos de prisão), Éverton Ortiz Goulart (16 anos de prisão), Jonatan Rocha da Silva (20 anos de prisão) e Marcos Machado da Rosa (21 anos de prisão). Por organização criminosa, foram condenados Bruno Martins Antunes (16 anos de prisão) e Andrei Moiano Barbosa (nove nove anos de prisão).