Santo Ângelo: Pioneirismo e investimentos são destacados na revisão do Plano de Saneamento Básico
Foi realizada na manhã da última sexta-feira, 06, a audiência pública de revisão do Plano de Saneamento Básico de Santo Ângelo. A audiência, realizada no auditório do Ministério Público, contou com as presenças do prefeito Jacques Barbosa, da promotora da Especializada de Santo Ângelo, Paula Mohr, do presidente da Câmara de Vereadores, Maurício Loureiro, do secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco da Silva Medeiros, e do superintendente da Corsan, João Batista Corim da Rosa.
Na ocasião, foram definidas diretrizes de trabalho para o período de 2020/2025. Após, o comitê formado por técnicos do Município e do Estado, com apoio do Ministério Público, apresentou dados sistematizados de áreas como esgotamento sanitário, geração de resíduos sólidos urbanos, drenagem e manejo de águas públicas e abastecimento de água potável. O Comitê também faz avaliações com definições de metas para a universalização do saneamento básico e o plano de contingência para situações de urgência e emergência causadas por desastres naturais e ambientais.
Para a promotora Paula Mohr, saneamento representa saúde e qualidade de vida e Santo Ângelo vem trabalhando nessa questão com muitas obras em andamento e projetos sendo elaborados. “Isso é fruto de uma parceria entre o Governo Municipal, os vereadores e o MP. Ninguém faz nada sozinho e os avanços acontecem em virtude dessa unidade”, disse. Paula fez ainda uma menção para o plano de saneamento rural. “Trata-se de uma inovação. Poucos municípios do RS possuem um plano específico para o meio rural”, destacou ela.
De acordo com o secretário municipal do Meio Ambiente, Francisco da Silva Medeiros, a revisão serve para que sejam apontadas as necessidades e deficiências do setor, possibilitando o planejamento de metas a curto, médio e longo prazo. “O plano vem sendo executado há mais de dois anos e é uma ferramenta estratégica de gestão, possibilitando a ampliação do acesso aos serviços pela população”, define.
Maurício Loureiro frisou que o trabalho é desafiador, com muita abrangência e necessidade de investimentos significativos, mas que a sociedade deve estar consciente dos benefícios e da importância da colaboração. “A Câmara de Vereadores procura auxiliar no debate e nas ações por entender a importância da questão, que é, ao mesmo tempo, ambiental e de saúde pública”.
O superintendente da Corsan, João Corim da Rosa, afirmou que o plano dá diretrizes para que a Corsan possa prestar o seu serviço e cumprir o contrato que possui com o Município. Referiu-se ainda a obras da rede de esgoto que estão sendo feitas em vias da cidade antes que a Prefeitura faça a pavimentação. Reforçou, porém, o pedido para que a comunidade possa conectar seus imóveis à rede.
O prefeito Jacques Barbosa abordou a importância dos indicadores, que permitem a estruturação do plano de ação, atacando as principais demandas. Comentou os investimentos em saneamento, que exigem mais recursos do que o abastecimento de água. “O esgotamento trabalha com bombeamento, mas em algumas localidades não tem como instalar esse sistema. Por isso, temos que buscar soluções diferenciadas”, avaliou, citando como exemplo os casos do Bairro Garibaldi Carrera Machado e o Distrito de Buriti, onde o sistema de fossa séptica, filtro e sumidouro irá compensar o bombeamento. “No meio rural, o programa de saneamento que estamos implantando é pioneiro no Estado”, comentou.
Jacques ainda citou as obras de drenagem pluvial que estão sendo realizadas em diversos pontos, com investimento superior a R$ 2 milhões. “Temos muitos problemas de galerias, antigas, da década de 50, que atinge bairros e o centro e, em muitos casos, com a rede passando por debaixo de imóveis, mas precisamos agir e estamos fazendo”, disse.
Na audiência, foram apresentadas as informações coletadas nas áreas urbana e rural. Após a apresentação do diagnóstico, foi aberto espaço para as apresentações de sugestões de alterações, adequações e as diretrizes para o período 2020/2025.