Executores e esposa que mandou matar marido para ficar com a pensão são denunciados
A Promotoria de Justiça Criminal de Viamão denunciou, na última quarta-feira, 20, Solange da Rosa Ferner, Flamarion Nunes, Ricardo Oliveira de Souza, Luana Virginia da Silva Lino e Adílson Oliveira da Silva pela morte do ex-secretário Municipal de Captação de Recursos da Prefeitura de Itaqui, Germano Aires Garcia Ferner. Os cinco responderão pelos crimes de associação criminosa e homicídio duplamente qualificado (artigo 121, parágrafo 2º, inciso I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe – e inciso IV – à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido).
A denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Robson Jonas Barreiro, solicitou a decretação de prisão preventiva de Solange Ferner, Luana Lino e Adílson da Silva. Flamaryon Nunes está preso preventivamente desde antes da denúncia ser apresentada e Ricardo de Souza é considerado foragido.
O CASO
Germano foi encontrado morto no dia 21 de agosto deste ano, por volta de meia-noite, na Estrada Caminho do Meio, em Viamão. Solange era esposa da vítima na época. Com interesse em obter o direito de receber a pensão por morte de seu marido (secretário municipal de Itaqui, cidade onde há uma lei que garante o mesmo salário do agente político para o cônjuge em caso de falecimento), teria sido a mentora do crime. Antes de se casar com Germano, a acusada teve um relacionamento amoroso com Flamaryon, pessoa a quem recorreu para as tratativas do assassinato.
Naquela noite, Solange teria entrado em contato com Luana Virgínia, garota de programa, para que marcasse um encontro em um restaurante com Germano, que estava em um hotel no centro de Porto Alegre. Identificando-se como Sabrina, a mulher chegou ao local onde estava a vítima em um automóvel, dirigido por Adilson, que era motorista de aplicativo. Adilson levou o casal até a Estrada Caminho do Meio, quando o automóvel em que estavam foi abordado por duas pessoas. Um deles era Ricardo que, junto a outro individuo não identificado, foi considerado pelas investigações como o responsável por matar Germano a tiros.