Caso Bernardo: seis testemunhas foram ouvidas no segundo dia do julgamento
Os trabalhos do segundo dia do julgamento dos réus acusados pela morte do menino Bernardo Boldrini, no salão do júri do Fórum de Três Passos, foram suspensos pouco antes das 18 horas e 30 minutos. A sessão, marcada por depoimentos de testemunhas de acusação e defesa, foi acompanhada nesta terça-feira, 12, pelo subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles, e pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Luciano Vaccaro. “Acompanho esse caso há cinco anos. As provas são mais que suficientes e não deixam margem a dúvidas. O Ministério Público trabalhará para a condenação máxima dos réus e para que assim seja feita justiça para este crime bárbaro, que impactou o Estado e o país”, ressaltou Dornelles, que também sublinhou a competência e dedicação do promotor de Justiça de Três Passos, Bruno Bonamente, e dos promotores Ederson Maia Vieira e Silvia Inês Jappe, que também atuam no caso.
DEPOIMENTOS
A manhã foi dedicada à tomada de depoimentos das testemunhas da acusação. As duas primeiras solicitaram não falar na presença dos réus, que foram retirados do plenário até o final do segundo depoimento do dia. Depuseram sem a presença dos réus Jussara Petry, que acolheu várias vezes Bernardo em sua casa, e a psicóloga do menino, Ariane Schmitt.
A ex-secretária de Leandro Boldrini, Andressa Wagner, foi a terceira a depor nesta terça-feira. Ela solicitou a juíza que não fosse filmada e nem fotografada, mas aceitou prestar depoimento na presença dos quatro réus, que foram reconduzidos ao plenário. A testemunha foi arrolada pela acusação e também pela defesa. Em seguida, a primeira testemunha de defesa prestou depoimento. Lore Heller foi babá de Bernardo antes da morte da mãe do menino.
Depois foi a vez de Marlise Cecília Henz, técnica de enfermagem que trabalhou com o réu Leandro Boldrini no hospital em que o médico era cirurgião. Seguindo a sequência de depoimentos das testemunhas de defesa, falou a auxiliar de escritório Rosângela Andreia Pinheiro, que na época trabalhava no mesmo hospital.
O julgamento do caso Bernardo recomeça amanhã às 9 horas. Restam seis testemunhas de defesa arroladas por Leandro Boldrini para encerramento desta fase e início do interrogatório dos réus Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia e Evandro Wirganovicz.
A expectativa é de que as sentenças sejam proferidas na sexta-feira, 15.