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Assassino de índio é condenado em novo júri

Assassino de índio é condenado em novo júri

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O Tribunal do Júri da comarca de Tenente Portela (RS) condenou, na última sexta-feira (22), Almiro Borges de Souza a 14 anos e oito meses de reclusão, em regime integralmente fechado, pela morte do índio caingangue Leopoldo Crespo, de 77 anos, ocorrida em seis de janeiro de 2003, em Miraguaí, na região Noroeste do Rio Grande do Sul.

Após a decisão do Júri, o Promotor de Justiça de Tenente Portela (RS), Valdoir de Farias, disse que "a decisão resgatou a idéia de Justiça tendo em vista a brutalidade do crime". Acrescentou que "o crime foi praticado de uma forma muito desumana, contra um cidadão de 77 anos, indefeso, que descansava na calçada de uma avenida".

Crespo foi morto com chutes e pedradas, numa das principais avenidas de Miraguaí. O crime teve repercussão no país e exterior e reacendeu, na época, o caso do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, que foi morto em Brasília (DF), em 1997.

Souza foi denunciado pelo crime juntamente com Roberto Carlos Moraschi, que aguarda decisão do Tribunal de Justiça quanto a recurso interposto contra a sentença de pronúncia. Um adolescente que participou do crime cumpriu medida sócio-educativa de internação.

Um primeiro júri já havia condenado os réus. O Tribunal de Justiça gaúcho, no entanto, anulou a decisão, entendendo que a defesa dos denunciados, até a fase da pronúncia, não poderia ter sido feita por um único defensor público, já que as versões sustentadas por ambos eram colidentes.

Os índios caingangues vivem em cerca de 23 mil hectares na Reserva da Guarita, que ocupa os Municípios de Miraguaí, Tenente Portela, Redentora e Erval Seco. (por Jorn. Célio Romais)



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