MP e Corregedoria da BM investigam policiais militares por envolvimento com tráfico de drogas e outros crimes
O Ministério Público, em conjunto com a Corregedoria da Brigada Militar, cumpriu, nesta segunda-feira, 11, mandados de prisão temporária e 31 mandados de busca e apreensão pela Operação Cherrin (em alusão à Satira de Fausto e Mefistófeles - Chirrin/Chirrion - expressões mágicas para fazer aparecer ou desaparecer os objetos de desejo).
A investigação tem por objetivo apurar os crimes de organização criminosa, integrada por policiais militares e pessoas estranhas à corporação, tráfico de drogas e armas, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Por envolver policiais militares e civis, as medidas judiciais foram postuladas e deferidas tanto pela Justiça Militar como pela Justiça Comum.
A partir de agora, o material apreendido será analisado e os presos interrogados. A investigação continua sob sigilo para evitar prejuízo à completa elucidação dos fatos e identificação de todos os envolvidos.
Durante coletiva de imprensa, o procurador-geral de Justiça em exercício, Marcelo Dornelles, ressaltou a importância do trabalho em conjunto com a BM, que culminou em “um duro golpe no crime organizado”. Também participaram a promotora de Justiça Militar Isabel Guarise Barrios e o promotor de Justiça Criminal Nilson de Oliveira Rodrigues Filho. Pela Brigada Militar, esteve presente o subcomandante-geral, coronel Eduardo Biacchi, o corregedor-geral da BM, coronel Carlos Marques, e o subcorregedor-geral, Antonio Carlos Maciel Júnior. A coletiva ocorreu no Quartel General da Brigada Militar.
Foram presos dez policiais militares (nove na ativa e um oficial da reserva remunerada) e sete pessoas que não fazem parte da corporação. No total, foram apreendidos R$ 180 mil em dinheiro, 437 porções de drogas, 10 armas e 113 celulares.