Menu Mobile

Apac é tema de oficina em Cachoeira do Sul

Apac é tema de oficina em Cachoeira do Sul

flaviaskb

O procurador de Justiça Gilmar Bortolotto ministrou, na sexta-feira, 18, uma oficina com o tema “Apac: um novo paradigma para a execução penal”, em Cachoeira do Sul. A oficina integrou as atividades do Movimento pela Paz Sepé Tiaraju, que reuniu mais de 3 mil pessoas durante três dias de evento no município. “Esse encontro tem um grande valor, o de semear a ideia. Hoje, existe uma desilusão grande das pessoas com relação ao sistema penitenciário que se transformou, infelizmente, em um processo que envolve a vingança e não a justiça. É preciso que essa ideia seja reorganizada para que possamos trabalhar com a ideia de competir com o mercado do crime. Cada preso que nós conseguirmos recuperar é uma arma a menos na rua”, concluiu Bortolotto.

APAC

Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Federação Brasileira de Assistência aos Condenados (Fbac), enquanto que no sistema nacional comum a reincidência é de 85%, no método Apac é de 11,22%. Nas unidades da Apac, os presos são os corresponsáveis pela sua recuperação e recebem assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica prestada pela comunidade. O condenado cumpre a sua pena em presídio de pequeno porte, com capacidade média de 100 a 180 detentos. Além disso, a segurança e disciplina do presídio são feitas com a colaboração dos presos, tendo como suporte os funcionários, voluntários e diretores da entidade, sem a presença de policiais e agentes penitenciários.

Na plateia, estavam autoridades ligadas a diversas instituições do município de Cachoeira do Sul, como o executivo, legislativo, judiciário, Polícia Civil, Susepe, Brigada Militar e outros órgãos. Para o promotor de Justiça de Cachoeira do Sul Gabriel Cybis Fontana a presença do procurador de Justiça Gilmar Bortolotto é de grande importância para discussão do método. “Este Movimento é muito importante para que a comunidade possa debater alternativas ao sistema penitenciário nacional, que é um sistema que, infelizmente, na atualidade, não responde de maneira a reabilitar o individuo, gerando descrenças até dos próprios agentes da segurança pública. Esses agentes, atendendo ao nosso chamado estão aqui para entrar em contato com esse novo método e tentar quebrar barreiras mentais, para tentarmos trazer o cumprimento de pena de volta a uma lógica de reabilitação”, ressaltou Gabriel Fontana sobre a importância da realização do evento no município.



USO DE COOKIES

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul utiliza cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação.
Clique aqui para saber mais sobre as nossas políticas de cookies.