Plano de contingência será implantado para solucionar superlotação no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul
A promotora do Núcleo da Saúde da Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos de Porto Alegre, Liliane Dreyer da Silva Pastoriz, esteve reunida nesta quinta-feira, 17, com representantes do Sindicato dos Municipários da capital e do Conselho Municipal de Saúde, e na sexta-feira, 18, com a Coordenação de Saúde Mental e com a Atenção Hospitalar e de Urgências de Porto Alegre.
O objetivo dos encontros foi tratar sobre os problemas de superlotação noticiados nos últimos dias no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, localizado na zona sul de Porto Alegre.
Como resultado das reuniões, ficou acertado com o gestor municipal um plano de contingência que deverá perdurar até o final do mês de julho próximo, podendo ser encerrado em data anterior desde que atingidos os objetivos.
Conforme a Promotora, a partir do plano, haverá monitoramento em tempo real das condições locais de lotação da emergência de saúde mental. “Havendo indicativo de superlotação, serão acionados pelo gestor municipal os diretores responsáveis pelas unidades psiquiátricas dos prestadores de serviços contratualizados a fim de alocação de leitos extras ou como parte deste plano de emergência”, explica ela, lembrando que o objetivo é evitar que ocorra a superlotação.
Liliane destaca que a medida não resolve o problema de forma duradoura, contudo será possível atender a situação emergencial, até que sejam adotadas medidas de cunho definitivo a curto, médio e longo prazos.
De acordo com o gestor municipal, no último final de semana foi realizado mutirão com prestadores de serviço. O Hospital Vila Nova ofertou oito leitos extras; o Hospital de Clínicas cinco; o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas mais dois, e a Clínica São José aportou cinco leitos extras. “A ideia da Coordenação de Saúde Mental é manter a rotina de buscas conforme foi salientado, até que se implementem medidas efetivas, a exemplo da implantação dos Centro de Atenção Psicossocial – Caps”, relatou a Promotora.
O plano de contingência será monitorado, sendo que haverá nova reunião para avaliação do impacto entre o Ministério Público e a Coordenação de Saúde Mental do Município de Porto Alegre.