Palestra do jornalista André Trigueiro encerra XVIII Congresso Brasileiro do MP de Meio Ambiente
O jornalista especializado em Gestão Ambiental e professor de Geopolítica Ambiental e Jornalismo Ambiental, André Trigueiro, proferiu, no final da tarde desta sexta-feira, 27, a palestra de encerramento do XVIII Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente, que aconteceu na sede do MP gaúcho.
Editor-chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News, e comentarista da Rádio CBN, Trigueiro é referência no país quando o assunto é sustentabilidade. Com o título “Cidades e soluções: um planeta sustentável é possível”, a palestra abordou a questão do futuro sustentável para as nossas cidades, sem o qual, segundo enfatizou, "as soluções inteligentes e tecnológicas se tornam infrutíferas".
De acordo com ele, muitos dos problemas encontrados nas cidades brasileiras são decorrentes não apenas da discrepância de porte e recursos, mas também da falta de continuidade na administração pública e de um planejamento que tenha metas, prazos e transparência.
A falta de gestão de lixo e saneamento básico foram apontados pelo jornalista como os maiores entraves para a sustentabilidade. O saneamento, maior problema ambiental brasileiro de acordo com Trigueiro, demanda medidas rápidas e pode contar com soluções mais viáveis para as administrações públicas, como os biodigestores, que transformam excrementos em energia e já são utilizados no campo.
Trigueiro falou ainda sobre as mudanças climáticas e apresentou ideias que podem ser implantadas pelas cidades para favorecer a preservação dos recursos e do meio ambiente, como coletores solares, captação da água da chuva, telhados verdes e solo permeável.
PAINÉIS
O último dia do evento teve início com o painel sobre resolução consensual de conflitos ambientais e atuação racionalizada do MP ambiental, que contou, dentre outros, com as participações do subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Lemos Dornelles, e da promotora de Alvorada, Rochelle Jelinek.
Ainda pela manhã aconteceu a oficina que debateu o perfil de atribuições do MP Ambiental e apresentações dos “cases” Projeto Jacuí Azul, pelo sociólogo Valdir Bündchen, e BBK Ambiental, por Herbert Dantas.
Por fim, os dois próximos painéis tiveram como tema os Eixos da Agenda 2030 da ONU e os objetivos do desenvolvimento sustentável, com a participação das promotoras Ivana Kist Huppes Ferrazzo e Anelise Grehs, que atuou como mediadora.
Na avaliação do coordenador dos Centros de Apoio do Meio Ambiente e da Ordem Urbanística, Daniel Martini, o XVIII Congresso da Abrampa, em parceria com o MPRS, foi um grande sucesso. “Discutimos, com a transversalidade necessária, temas de alta relevância na atuação ambiental e urbanística, considerando os diversos setores sociais: poder público, cidadão, setor privado e sociedade civil”, destacou ele, que coordenou o evento.
Fotos: PG Alves/MPRS