Palmeira das Missões: MP denuncia duas pessoas por morte de contadora
O Ministério Público apresentou, nesta segunda-feira, 02, denúncia contra Paulo Ivan Baptista Landfeldt, 48 anos, e Ismael Bonetto, 21 anos, ambos atualmente recolhidos ao Presídio Estadual de Palmeira das Missões, pela morte da contadora Sandra Mara Lovis Trentin. Conforme a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Marcos Eduardo Rauber, o marido de Sandra, Paulo Landfeldt, contratou Ismael e outras pessoas, ainda não suficientemente identificadas, para matar a vítima.
A MORTE
A denúncia narra que Ismael Bonetto e outros indivíduos espreitaram Sandra desde o município de Boa Vista das Missões e a abordaram na cidade de Palmeira das Missões. Após, renderem a vítima mediante ameaças com de emprego de armas de fogo, eles levaram-na para local ermo, onde, atendendo determinação de Paulo Landfeldt, Ismael a matou a tiros. O corpo foi ocultado em local ainda desconhecido. As ações criminosas teriam ocorrido entre 30 de janeiro e 17 de fevereiro deste ano.
QUALIFICADORAS
Os denunciados devem responder por homicídio triplamente qualificado. O marido mandou matar a esposa por motivo torpe, porque queria o fim do casamento sem a necessidade de partilha do patrimônio do casal. O crime foi cometido mediante pagamento, já que Paulo Landfeldt contratou Ismael por aproximadamente R$ 40 mil, valor que incluía a morte e a ocultação do cadáver de Sandra. Ainda, foi praticado com recurso que dificultou a defesa da vítima, pois abordaram Sandra de surpresa, armados e em superioridade numérica, levando-a a local ermo para cometer a execução. Além disso, Paulo Landfeldt cometeu o crime por razões da condição de sexo feminino, com violência doméstica e familiar, com conhecimento da situação por Ismael. Eles também responderão por ocultação de cadáver.
A denúncia refere a participação de terceiras pessoas nas ações criminosas, cuja confirmação de identidades depende de diligências complementares pela Polícia Civil.
EXTORSÃO
Ismael Bonetto também foi denunciado por ter extorquido Paulo Ivan Baptista Landfeldt, mediante grave ameaça exercida verbalmente e através de mensagens escritas, com o intuito de obter para si indevida vantagem econômica. Aproveitando-se do conhecimento das circunstâncias relativas à prática dos crimes, passou a telefonar e enviar mensagens de texto para Paulo Landfeldt, enunciando ameaças de morte contra ele e seus familiares, bem como exigindo pagamento de elevadas somas em dinheiro como condição para não concretizá-las e não mais estabelecer contatos.