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Condenado a 26 anos de prisão um dos responsáveis por tortura e morte de mestre de obras em Cruz Alta

Condenado a 26 anos de prisão um dos responsáveis por tortura e morte de mestre de obras em Cruz Alta

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O Tribunal do Júri de Cruz Alta condenou, nesta quarta-feira, 21, Fabrício Vaz Gonçalves a 26 anos de prisão em regime fechado pela morte de Angelin Alceu Della Flora. Ele foi um dos quatro contratados por Adelar Nilco para que matassem o amante de sua esposa. O corpo de jurados acatou a tese do MP e condenou Fabrício por homicídio qualificado, lesão corporal, sequestro, cárcere privado, tortura, ocultação de cadáver e associação criminosa. O MP foi representado pela promotora de Justiça Caroline Mottecy de Oliveira.

CÁRCERE PRIVADO DE COLEGAS

Na manhã de 10 de dezembro de 2014, Fabrício e os demais contratados foram até uma obra na cidade de Ijuí, onde a vítima trabalhava. Ao chegar ao local, eles agrediram Paulo Francisco Fabrim, Adelino de Jesus Moura e Mauro Lindermann da Silva, para que dissessem onde estava Angelin. Eles foram amarrados e trancados em uma peça nos fundos da obra até Angelin chegar.

TORTURA E MORTE

Assim que chegou ao local, ele foi sequestrado e levado até um local ermo. Lá, foi amarrado no tronco de uma árvore, com as calças abaixadas, e sofreu violentos chutes, coronhadas e spray de cânfora nos olhos, como punição por ter mantido relacionamento com a esposa de Adelar Duarte. Depois, Fabrício e os outros três desferiram diversas facadas no abdômen da vítima, até a morte. Depois, levaram o cadáver até a ponte do rio Jacuí, onde amarraram pedras no corpo e o jogaram na água.

Assim, conforme a tese defendida pelo Ministério Público, o réu cometeu o homicídio com recurso que dificultou a defesa da vítima, mediante pagamento ou promessa de recompensa, por motivo fútil e com emprego de meio cruel.

Na investigação, foi apreendida uma filmadora, utilizada pelos réus para filmar a tortura perpetrada contra a vítima. O processo foi cindido em razão de recursos interpostos pelos demais réus, que serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri, conforme confirmação da pronúncia pelo Tribunal de Justiça.



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