Horizontina: TJ cassa decisão que rejeitou denúncia contra empresário pela morte de universitária
Nessa quarta-feira, 21, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul deu parcial provimento ao recurso interposto pelo Ministério Público para reconhecer a existência de indícios de autoria do homicídio de Bibiana Zarth e determinar que o juiz Danilo José Schneider Júnior, da 1ª Vara Judicial de Horizontina, prossiga a análise da denúncia oferecida contra Norberto Ullmann Filho e Nolar Kruel Neto. A decisão foi por unanimidade.
Bibiana foi morta com um tiro na cabeça quando chegava em casa, na madrugada de 06 de dezembro de 2013, por dois indivíduos que fugiram em uma moto. O crime, segundo o Ministério Público, foi encomendado por Norberto e motivado por problemas da relação extraconjugal que ele manteve com a vítima durante quatro anos. O plano de morte teria sido executado com o auxílio de Nolar, que já vinha ameaçando a vítima por telefone a mando de Norberto.
Na sessão de julgamento, o procurador de Justiça Alexandre Lipp chamou a atenção para o fato de que Norberto vinha evitando as tentativas de contato de Bibiana até que, na véspera do homicídio, marcou um encontro para a noite seguinte, garantindo, assim, que os executores soubessem onde esperá-la. Lipp também referiu a existência de uma testemunha que disse ter sido procurada por Norberto com uma proposta de R$ 100 mil para matar Bibiana, bem como de um advogado que tentou ingressar no Presídio de Santo Ângelo com 20 volumes do processo a fim de repassá-los ao apenado Fernando Ferraz de Oliveira que, por sua vez, tomaria conhecimento dos detalhes da investigação e tentaria convencer as autoridades de que era o verdadeiro autor do homicídio.
Familiares da vítima acompanharam o julgamento vestindo camisetas estampadas com a foto de Bibiana e pedidos de justiça.
