Não-Me-Toque: quadrilha é condenada a mais de 320 anos de prisão por três homicídios
Em duas sessões do Tribunal do Júri de Não-Me-Toque, ocorridas nos dias 22 e 29 de novembro, seis homens foram condenados a penas que somam mais de 320 anos de prisão por três homicídios triplamente qualificados. Esse, que foi considerado o maior processo de Júri da história da Comarca, teve, na acusação, os trabalhos do promotor de Justiça Leandro Tatsch Bonatto. O Júri foi presidido pelo juiz Marcio Cesar Sfredo Monteiro.
O corpo de jurados acatou, na totalidade, a tese do MP para condenar os réus Valdelir Alves, Valdecir Alves, Alex dos Santos, Júlio César dos Santos Ross, Tiago Cardoso Lopes e Gilmar Antônio Da Silva. Os acusados, junto a outro comparsa já falecido, mataram Tiago Levino Rodrigues Cortez, Vantemar Barbosa e Everton Cleiton Borges a tiros. Eles também foram condenados por organização criminosa armada.
Os crimes ocorreram na tarde do dia 15 de junho de 2013. Gilmar, a bordo de uma motocicleta dirigida por Júlio César, atirou seis vezes contra Tiago Levino. Alex auxiliou na empreitada, vigiando a vítima e dando apoio para a fuga. Eles receberam dinheiro, carros e motos para cometer o assassinato, a mando de Valdelir, Valdecir e o falecido Marcos André. A morte foi cometida por vingança, já que os réus queriam se vingar do assassinato de Antoninho Idemar Alves, irmão dos mandantes, que ocorrera em 09 de julho de 2011, depois de uma discussão.
As mortes de Vantemar e Everton ocorreram pelo mesmo motivo, pouco depois do primeiro crime. Eles foram atraídos para a beira da RS 142 sob o pretexto de uma oferta de compra de armas. Ao chegarem ao local, foram atingidos por tiros desferidos por Tiago Lopes.