Integrante de facção é condenado a mais de 20 anos de prisão por homicídio
Em sessão do Tribunal do Júri de Porto Alegre ocorrida nesta terça-feira, 28, foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão em regime inicial fechado um dos líderes de facção com atuação no RS, Cristian dos Santos Ferreira, o Nego Cris, pela morte de Everton Luis Mesquita dos Santos, bem como por formação de quadrilha. Atuou em plenário a promotora de Justiça Andréa de Almeida Machado. O corpo de jurados entendeu que as qualificadoras apontadas pelo MP, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, estiveram presentes no crime. Assim, Nego Cris foi condenado por homicídio duplamente qualificado. Ele está, atualmente, recolhido ao sistema penitenciário e não poderá recorrer em liberdade.
Conforme a denúncia, na madrugada de 11 de junho de 2012, Nego Cris, junto a outros três comparsas, mataram a vítima a tiros. Eles entraram na casa de Everton, na Vila Bom Jesus, enquanto ele dormia, renderam-no e o levaram à frente da residência, onde foi assassinado. Everton foi morto porque estava vendendo drogas no território onde a facção atuava na época sem autorização. Nego Cris foi considerado o mandante do crime, inclusive oferecendo dinheiro para os comparsas (R$ 10 mil), bem como uma metralhadora.
Ainda segundo o MP, o réu e seus comparsas se associaram, passando a planejar e efetivar crimes como roubo, tráfico de drogas e homicídio, ameaçando a população, impondo-se na comunidade, abalando a ordem pública, efetivando emboscadas aos seus desafetos.