Começa seminário de capacitação para voluntários da Apac
Iniciou na manhã desta segunda-feira, 20, o Seminário Sobre Método Apac, com o objetivo de capacitar voluntários para atuarem na execução criminal que utiliza o método. O evento, que reúne dezena de interessados, ocorre no auditório Marcelo Munhoz Küfner, na sede do MP das Torres, em Porto Alegre. As atividades acontecem entre 10h e 18h e seguem nesta terça-feira, 21.
Durante a abertura do evento, o coordenador do Núcleo de Apoio à Fiscalização Prisional, procurador de Justiça Gilmar Bortolotto, ratificou a importância do método. Segundo ele, existem muitos presos interessados em ingressar no programa, que prevê a recuperação de detentos dos regimes fechado, semiaberto e aberto. “Existem duas perspectivas para que a Apac seja implantada: por razões humanitárias e pela própria segurança das pessoas”, afirmou.
O juiz-corregedor Alexandre Pacheco reforçou que o voluntariado é um dos principais aspectos da metodologia. “As instituições não conseguem sozinhas resolver a criminalidade e os serviços voluntários são fundamentais aos recuperandos”, disse. Por sua vez, o deputado estadual Jeferson Fernandes reiterou sua esperança de que as Apacs saiam do papel no estado: “o ritmo está mais acelerado, talvez até pela gravidade da situação da criminalidade no Estado”. O representante da comissão de Direitos Humanos da OAB, Roque Reckziegel destacou o trabalho como um importante passo para resolver problemas como os detectados na Cadeia Pública de Porto Alegre – antigo Presídio Central. Já a representante do Departamento de Tratamento Penal da Susepe, Mara Minotto, pontuou que a Apac representa uma possibilidade de trabalhar de forma diferente para buscar resultados melhores na recuperação dos presos.
O primeiro painel contou com a apresentação do trabalho que vem sendo realizado para a instalação da Apac em Pelotas. As outras associações constituídas estão em Porto Alegre, Canoas, Três Passos e Palmeira das Missões.
A participação da comunidade é um dos principais desafios do método Apac de cumprimento de pena, pois inclui uma discussão com a comunidade sobre qual a responsabilidade de cada um. A conjugação de esforços de todos os envolvidos, como o Ministério Público, Poder Judiciário, prefeituras, empresários, comunidades religiosas e voluntários é fundamental para a ressocialização dos apenados.
Fotos: Júlia Fernandes/MPRS