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Macchina Nostra: terceira etapa da operação conjunta do MP e da Polícia Civil prende cinco pessoas, 34 já estão denunciadas

Macchina Nostra: terceira etapa da operação conjunta do MP e da Polícia Civil prende cinco pessoas, 34 já estão denunciadas

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O promotor de Justiça do projeto-piloto da Promotoria Especializada no Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa Marcelo Tubino participou, nesta sexta-feira, 17, da entrevista coletiva que deu detalhes das ações desenvolvidas na 3º fase da Operação Macchina Nostra.

Nas ações, desencadeadas nesta manhã, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão. Quatro homens foram presos em Novo Hamburgo e um em Alvorada, entre eles um radialista. Com eles a polícia apreendeu dinheiro, armas, uma esmirilhadeira – usada para raspar a numeração dos veículos – documentos e até um distintivo da polícia civil. Cinco pessoas seguem foragidas, entre elas o homem que tentava reorganizar o grupo, após a prisão do chefe, Leonardo Augusto Prestes Cardoso, na primeira etapa, realizada no dia 31 de março deste ano.

As investigações mostram que o grupo roubava, diariamente, entre cinco e dez carros na capital e região metropolitana, seguindo uma espécie de meta estabelecida pelo comando, índice que foi reduzido em 20% após a ação integrada do MP e da Polícia, conforme ressaltou o promotor, durante a coletiva.


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ESTRATÉGIA DE AÇÃO

Ainda na coletiva, o promotor explicou como a estratégia de descapitalização da quadrilha tem sido fundamental e reiterou que isso tem sido possível graças ao trabalho de acompanhamento que o MP tem feito desde o início das investigações da Polícia Civil.

Segundo Tubino, o projeto-piloto da Promotoria Especializada no Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa participou da decisão sobre os melhores mecanismos de investigação, os promotores também acompanharam a coleta de depoimentos na fase investigatória, o que agiliza os prazos. “Temos 29 pessoas denunciadas na primeira fase da operação e cinco na segunda fase, quando foram identificadas mais amiúde algumas questões patrimoniais. O MP visa sempre o bloqueio do patrimônio das lideranças e, agora, nesta fase, esperamos fechar em tono de 40 indiciamentos, pinçando as pessoas que tem atuação destacada nessa operação criminosa, de maneira a poder frear essa espécie de criminalidade na região metropolitana. Já temos a percepção de redução de 20% nos roubos a veículos desde o início da investida do Ministério Público e da Polícia Civil contra essa quadrilha”, concluiu o promotor.

O MP também designou um procurador em 2º grau para atuar nos casos, de maneira que, assim, o Ministério Público cubra a persecução penal do início da investigação ao fim da analise da prova em segundo grau.

TRABALHO INTEGRADO

Os resultados do trabalho integrado entre o MP e a Polícia Civil também foram ressaltados pelo Diretor do Deic, Rodrigo Bozzetto, e pelo chefe da Polícia Civil do Estado, Emerson Wendt.

Wendt explicou que a Polícia, em cerca de 170 anos de história, sempre se preocupou com a elucidação de homicídios, de roubos, de tráfico de drogas, fazendo prisões e apreensões, mas que, desde 2015, quando houve o primeiro trabalho em conjunto com o MP, há uma aproximação entre os órgãos, que traz resultados cada vez mais satisfatórios.

“Quando fazemos uma investigação de associação criminosa ou grupo organizado, temos que pensar lá no final, na questão da descapitalização, e isso depende também de outras instituições, como o Ministério Público e o Judiciário. O MP, pensando da mesma forma, criou o projeto-piloto da Promotoria Especializada no Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa. Se estabeleceu, assim, uma proximidade entre os promotores e os delegados que é extremamente importante, porque durante a investigação o MP pode elencar o que já considera importante para a denúncia, e, ainda, temos o criminoso descapitalizado, dificultando o retorno para a atividade ilícita”, concluiu o chefe de Polícia.

Fotos: Roger Silva/MPRS



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