Campanha “Quando uma imagem vira pesadelo” foi apresentada aos integrantes do Fórum Permanente de Combate à Violência Sexual
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões, Denise Villela, e o promotor da Infância e Juventude Júlio Almeida apresentaram, nesta segunda-feira, 06, a campanha “Quando uma imagem vira pesadelo” durante reunião do Fórum Permanente de Prevenção e Combate à Violência Sexual Praticada Contra Crianças e Adolescentes.
O evento, realizado no auditório Marcelo Küfner, na sede do MP, em Porto Alegre, reuniu integrantes de instituições que integram o Fórum e contou também com a presença da promotora-corregedora Ana Adelaide Sá Caye.
Em sua fala, Denise Villela explicou aos presentes os motivos que levaram o Ministério Público a criar a campanha. “Cansamos de receber, aqui na Promotoria da Infância e Juventude, meninas em desespero, mutiladas, ou que tentaram suicídio por terem enviado fotos íntimas que vazaram e se alastraram por grupos de whatsapp ou redes sociais. As famílias, nessas condições, se sentem devastadas, tendo, muitas vezes, que mudar de cidade ou de escola. O Ministério Público entendeu que era hora de fazer uma campanha de prevenção. É importante falar com os pais e com os adolescentes, precisamos evitar outras tragédias. A culpa nunca é da vítima”, relatou Denise Villela.
Júlio Almeida explicou as etapas da produção do filme de um minuto e a parceria com a Assessoria de Imagem do MP e ESPM. Ressaltou, ainda, que não houve custos para o Ministério Público e os recursos utilizados foram oriundos de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A adolescente Priscilla Bomfim Lopes, de 14 anos, obteve autorização judicial, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para atuar no filme. “Essa campanha é uma demonstração de que o Ministério Público pretende, cada vez mais, trabalhar na prevenção. Nós, que trabalhamos na Infância e Juventude, no ato infracional, na proteção, no acolhimento, na saúde ou na educação, acompanhamos mais de perto os efeitos devastadores do vazamento de uma imagem, que afeta o adolescente sob todos esses aspectos. O bullying na escola, a necessidade de acompanhamento médico, tudo está interligado e, por isso, prevenir é fundamental”, disse ainda Júlio Almeida.
Na segunda etapa da reunião, a coordenadora do Cao Infância e a delegada do Departamento da Criança e do Adolescente Andrea Magno falaram sobre as operações noturnas de combate à venda e ao consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes e de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.
PRESENÇAS
Estavam presentes representantes da OAB, Brigada Militar, IBDFAM, Polícia Civil, SMED, Casa Marta e Maria, CEEVSCA, Secretaria de Segurança Pública de Porto Alegre, Secretaria de Segurança Pública do Estado, Secretaria do Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos do RS, Hospital Psiquiátrico São Pedro, SINEPE, UniRitter, Serviço Biomédico do MP, Tribunal de Justiça do Estado, ADERGS, Secretaria Municipal de Educação de Cachoeirinha, FGEI/MIEIB, CRIP POA, médicos, psiquiátricas e psicólogos.
