Aberto no MP o VII Fórum Internacional de Gestão Ambiental

O Ministério Público está sediando, desde a manhã desta quinta, 19, o VII Fórum Internacional de Gestão Ambiental (Figa), que este ano tem como tema “Água, Energia e Alimento”.

Na abertura do evento, promovido pela Associação Riograndense de Imprensa – ARI, com apoio do MP e da Corsan, o coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Daniel Martini, lembrou do papel em comum do Ministério Público e da Imprensa no fortalecimento da democracia. “Uma sociedade livre não se faz sem o MP e uma imprensa independente”, ressaltou ele.

O promotor considera o Figa uma reação à triste tendência ao retrocesso pelo qual passa a proteção ao meio ambiente no Brasil. Dentro desta tendência, Martini cita o desmonte, pelo Estado, de órgãos e fundações que realizam serviços indispensáveis na área ambiental; o retrocesso legislativo, com o Novo Código Florestal e a lei de regularização fundiária; além de dois projetos de lei que tramitam atualmente e, se aprovados, acabam com o licenciamento ambiental da forma como é hoje, transformando-o em mero instrumento formal, e outro altera a lei dos agrotóxicos.

PALESTRA

A conferência de abertura foi proferida pelo economista e professor titular de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Ladislau Dowbor, sob coordenação de mesa do promotor Eduardo Coral Viegas, coordenador técnico do evento. Dowbor abordou, em sua fala, seu último livro, lançado este ano, intitulado “A era do Capital Improdutivo”. A obra trata de estudos sobre o sistema financeiro e a necessidade de regulação desse sistema.

“Não se trata de acabar com os bancos, mas de exigirmos processos regulatórios que controlem o imenso poder que hoje as corporações detêm”, afirma. De acordo com o professor, “um poder que, sem ser eleito, derruba democracias, impede que governos realizem políticas públicas, asfixia a capacidade de investimento das empresas nacionais e reduz drasticamente a renda das famílias e de cada um de nós”.

Logo após a palestra, o presidente da FMP, David Medina da Silva, fez uma dinâmica com o público mostrando a importância do poder da mente nas mudanças de atitude no dia-a-dia e o quanto essas mudanças podem influenciar na vida das pessoas, inclusive nas questões relacionadas ao meio ambiente.

Participaram da abertura do evento o presidente da ARI, Luiz Adolfo Lino de Souza; o representante da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Cláudio Dilda; o presidente da Corsan, Flávio Presser, a superintendente do Ibama no RS, Cláudia Costa; a promotora Andréa de Almeida Machado, representado a Associação do MPRS; o representante do Irga, Ivo Melo; dentre outros.

O VII Figa continua até o final da tarde desta sexta-feira, 20, no Auditório Mondercil Paulo de Moraes, na sede do Ministério Público gaúcho.

Fotos: Roger Silva/MPRS