Vereadora mais votada de Santo Antônio do Palma tem mandato cassado por compra de votos
Por decisão do juízo da 138ª Zona Eleitoral, foi cassado o mandato da vereadora mais votada de Santo Antônio do Palma, Larissa Bianchi, por corrupção eleitoral, caixa dois e compra de votos. Fernando Spolti, candidato a prefeito nas eleições de 2016, Gerson Luiz Richato e Luiz Cesar Rinaldi (prefeito e vice-prefeito à época dos fatos), Gilvan Luiz Fidler (responsável pelo setor de compras da Prefeitura) e Clademar Pedroti (Secretário Municipal de Orçamento Participativo), além Lucas Pavlak, Cristian Cobelinski, Rodrigo Rasador e Rudimar José Bianchi, foram condenados ao pagamento de multas que chegam a R$ 20 mil. Eles foram condenados pelas práticas de compra de votos, corrupção eleitoral e caixa dois. A vereadora e os demais envolvidos estão inelegíveis por oito anos a contar das eleições de 2016.
Conforme as investigações do Ministério Público Eleitoral, o caixa dois para a campanha de Larissa Bianchi e dos então candidatos a prefeito e vice-prefeito foi montado a partir da cobrança de 4% dos salários de cargos de confiança, o que gerou R$ 180 mil, além do pagamento de R$ 94,5 mil de propina paga por empresas que mantinham contratos com a prefeitura.
A compra de votos ocorreu mediante oferecimento de valores em torno de R$ 4 mil, promessa de terrenos e cargos públicos, gasolina, distribuição de materiais como tubos e pneus, uso de máquinas da prefeitura para obras particulares. Em um dos casos, mesmo após diversos apontamentos do Tribunal de Contas, foi determinada a abertura do concurso público nº 01/2016, com provas marcadas para o dia 09 de outubro, em pleno período eleitoral, com a finalidade de captação ilícita de votos. Também foi comprovada a prática de atos de violência e ameaças para obtenção de votos.
Conforme o promotor de Justiça Eleitoral Damásio Sobesiak, “a operação de busca e apreensão realizada ao final da investigação robusteceu significativamente a prova e facilitou a condenação dos envolvidos. As buscas foram realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado na prefeitura e em gabinetes, no Centro de Referência de Assistência Social, em residências, automóveis e investigados”.