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Alvorada: ex-vereador e demais envolvidos em organização criminosa e lavagem de dinheiro são condenados

Alvorada: ex-vereador e demais envolvidos em organização criminosa e lavagem de dinheiro são condenados

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Em decisão desta segunda-feira, 04, a Justiça de Alvorada condenou o ex-vereador de Alvorada Vânio Presa e outras quatro pessoas pela prática dos crimes apurados pela Operação Alderman, fruto de um esforço conjunto do Projeto Piloto da Promotoria de Justiça Especializada no Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa, das Promotorias de Justiça Criminal, Especializada e Eleitoral de Alvorada, do Grupo Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Inteligência do Ministério Público (Nimp). Além do vereador, foram condenados a companheira dele, Daniela Gonçalves, o irmão do vereador e dono de uma das pizzarias usadas para lavagem de dinheiro do grupo criminoso, Ronaldo Ramos, e sua companheira, Patrícia Vieira de Mello, além de Juliano Cassal Manenti, braço direito e assessor fantasma na Câmara, que trabalhava na verdade como pizzaiolo.



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Vânio Presa foi condenado a 15 anos e dez meses de prisão e Juliano Cassal Manente, a 11 anos e um mês de prisão. Os dois não têm o direito de recorrer em liberdade e encontram-se foragidos. Daniela Gonçalves terá de cumprir 12 anos e oito meses de prisão; Ronaldo Ramos, nove anos e 11 meses; Patrícia Vieira de Mello, nove anos. Os três últimos poderão recorrer em liberdade. Todos foram considerados culpados pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A Operação Alderman (que significa vereador em inglês), deflagrada em 8 de novembro de 2016, cumpriu sete mandados de busca e apreensão em escritórios de contabilidade, pizzarias, uma residência e veículos. Segundo o apurado, o grupo criminoso chefiado pelo então vereador, para disfarçar a origem do dinheiro proveniente de crimes licitatórios, contra administração, tráfico de drogas e agiotagem, colocava bens em nome de terceiros e utilizava pizzarias para lavar o capital. Estima-se que tenham sido lavados mais de R$ 1 milhão. Houve mandado de prisão preventiva decretado contra Vânio Presa à época, mas ele ficou foragido até dezembro. No dia da Operação, também foi cumprida medida de afastamento do cargo de vereador, além do bloqueio de bens do grupo criminoso em contas correntes, imóvel no litoral norte gaúcho e dois imóveis em Alvorada, bem como de cinco veículos. Na sentença, foi decretado o perdimento de todos esses bens em favor do Estado.



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