Pampas Safari: MP de Gravataí investigará necessidade de abate de animais por tuberculose
A Promotoria de Justiça de Defesa Comunitária de Gravataí instaurou inquérito civil para apurar possíveis irregularidades no Pampas Safari. Conforme informações veiculadas na imprensa e nas redes sociais, o tradicional parque de animais selvagens, localizado no km 11 da RS-020, estaria prestes a abater cerca de 300 cervos selvagens que estariam infectados por tuberculose. O abate seria necessário já que a doença representaria riscos para os outros animais do próprio Pampa Safari e também de seres humanos.
Além de ter acompanhado a fiscalização realizada na última semana pela Fundação de Meio Ambiente de Gravataí, a promotora de Justiça Carolina Barth Loureiro Ingracio já ouviu veterinários envolvidos na questão e solicitou documentos ao Ibama. “As informações são contraditórias sobre o surto de tuberculose entre os animais do parque, uma vez que foi constatado que o local onde estão os cervos selvagens é protegido por telas e alguns depoimentos indicam que os animais não estariam infectados. Por isso estamos adotando uma posição de cautela pra verificar essas informações”, explicou a promotora.
De acordo com Carolina Barth Loureiro Ingracio, “o Ministério Público vai tomar todas as medidas possíveis para garantir a segurança dos animais e também da população que habita o entorno do parque de animais selvagens”. Ela acrescentou, ainda, que o MP “está zelando para que não sejam feitos abates desnecessários”.
Fundado há 30 anos, o Pampas Safari possui uma área de 300 hectares, no km 11 da RS-020, entre Gravataí e Cachoeirinha. Conforme entidades ambientalistas, cerca de dois mil animais sobrevivem no local. O Pampas Safari está fechado para visitações desde novembro do ano passado e em processo de encerramento.