Júri popular condena ex-líder do tráfico da Vila Maria da Conceição a 28 anos de prisão
A sessão da 1ª Vara do Tribunal do Júri desta terça-feira, 25, condenou a 28 anos de prisão em regime inicial fechado o ex-líder do tráfico de drogas na Vila Maria da Conceição, Paulo Ricardo Santos da Silva, o Paulão da Conceição, de 58 anos. A tese da acusação de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e por recurso que dificultou a defesa da vítima) – defendida em plenário pelo promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim – foi acolhida pelo corpo de jurados. Paulão não participou da sessão e permaneceu na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, onde cumpre pena por outro homicídio.
Conforme a denúncia do Ministério Público, Paulão e outros cinco comparsas mataram por vingança Maicon Gilberto Silva da Silva, conhecido como Nego Tico, em julho de 2008. A vítima foi atingida por mais de 20 tiros. O crime ocorreu depois que Nego Tico, em parceria com Carlos Alberto Silveira Drey, conhecido como Beto Drey, matou a tiros um dos gerentes de Paulão. A dupla queria tomar o ponto de drogas da região. O ex-líder do tráfico reuniu mais de 60 comparsas e determinou a execução de Nego Tico. O outro alvo – Beto Drey – cumpre pena em regime domiciliar em Balneário Gaivota (SC) por tráfico, posse de arma e violência doméstica. Ele é enteado de Paulão, apesar de rivalizar com o traficante.
Em 2009, Paulão recebeu pena de 22 anos de prisão por ter executado um usuário de drogas nas imediações do ponto de tráfico do qual era chefe, na Vila Conceição. O traficante tinha desavenças com a vítima, além de acreditar que ela havia furtado uma arma que lhe pertencia.
